Exportações do audiovisual crescem 110% em um ano, aponta Rangel

O perfil das exportações do mercado audiovisual brasileiro é um importante e desejado reflexo da Lei 12.485/11, que estabeleceu o marco legal da TV paga e criou as cotas de programação e conteúdo audiovisual. Em 2014, o licenciamento de direitos representava apenas 14% das exportações do mercado audiovisual. Os serviços de produção e a TV aberta representavam 45% e 37%, respectivamente. Em 2015, no entanto, o licenciamento de direitos foi responsável por 52% das vendas internacionais. O total de exportações do setor saltou 110%, de US$ 73,69 milhões para US$ 154,81 milhões, o que mostra que o aumento do licenciamento não foi em função de uma queda nas outras modalidades de exportação.

O dado foi apresentado pelo presidente da Ancine, Manoel Rangel, durante o Telas Fórum, que aconteceu nos dias 29 e 30 de novembro, em São Paulo. Ele fez um balanço dos últimos dez anos do setor audiovisual brasileiro.

"Temos uma balança econômica deficitária, o Brasil mais importa do que exporta, mas o elemento principal é que houve um crescimento e, acima de tudo, esse crescimento se dá no licenciamento de direitos", diz o presidente da Ancine.

TV por assinatura

De acordo com o estudo da Ancine, o setor audiovisual apresentou crescimento muito acima do restante da economia, puxado pela TV por assinatura, que, em 2015, passou a representar 51,6% do setor audiovisual, contra 30,3% em 2007.

Financiamento

Rangel mostrou, ainda, a evolução dos valores de investimento via Fundo Setorial do Audiovisual desde 2009 até 2015.  Os valores saltam de US$ 29,48 milhões para US$ 24,5 milhões.

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