A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou na última quinta-feira, 29 de março, que deve garantir até junho deste ano as frequências necessárias para que o Ministério das Comunicações (MCom) realize a migração de 364 rádios AM para operarem em FM. A mudança atende a uma demanda das emissoras e traz vantagens, tanto para as produtoras de conteúdo, quanto para os ouvintes, que terão melhor qualidade no áudio na programação.
Algumas dessas emissoras estão em região de fronteira e dependem de coordenação internacional, que está sendo realizada pela Anatel com as agências reguladoras de países vizinhos.
Até o momento, 1.655 emissoras AM solicitaram a migração para FM junto ao Ministério das Comunicações. Dessas, mais de 850 já receberam autorização para a troca. Entre as vantagens da migração está a maior qualidade de som das FM, maior audiência, e um menor custo de operação, pois os equipamentos de transmissão gastam menos energia elétrica e exigem menos manutenção.
O MCom e a Anatel participam de um grupo de trabalho que discute como abrir mais “espaço” na faixa compreendida entre 88 e 108 MHz para que as rádios AM no país possam operar. A pasta também está trabalhando na Iniciativa “Banda Estendida”, a ser realizada no dia 05 de maio de 2021, data em que é celebrado o Dia Nacional das Comunicações. Na ocasião, vai ser inaugurada a utilização da Faixa Estendida de FM (compreendida entre 76 e 88 MHz), permitindo mais espaço para rádios FM.
Essas novas frequências costumavam ser ocupados pelos canais 5 e 6 da TV analógica. Em preparação para o início da operação da faixa estendida, a indústria vem nos últimos anos produzindo receptores compatíveis com os novos canais. Em 2020, por exemplo, cerca de 2 milhões e quinhentos mil equipamentos de recepção em FM foram fabricados no Brasil preparados para a faixa estendida.