Nova série documental do GNT, "Amores Livres" aborda o poliamor

Relações não monogâmicas afetivas e sexuais são o tema central de "Amores Livres", série documental produzida pela Fogo Azul que estreia no GNT no dia 5 de agosto. Em cada um dos dez episódios, a atração apresentará um relacionamento diferente com depoimentos das pessoas envolvidas.

A produção contou com orçamento de cerca de R$ 1 milhão, e foi um dos projetos vencedores do edital de produção para TV da Rio Filme. Segundo João Jardim, diretor da série e proprietário da Fogo Azul, a ideia de produzir "Amores livres" surgiu de uma demanda do próprio GNT. "Começamos a trabalhar nesse projeto em outubro do ano passado. O canal nos disse que queria abordar esse tema do poliamor, que essa era uma demanda deles".

A equipe entrevistou casais e 'trisais' nas cidades de Rio de Janeiro, Belo horizonte, Porto Alegre, Jundiaí e Buenos Aires. Além dos depoimentos, a série mostrará partes do dia a dia das pessoas envolvidas nos relacionamentos. "O quanto mostramos do dia a dia de cada um dos casais dependeu muito do quanto eles nos permitiram acompanhar sua rotina", diz Jardim.

Segundo o diretor, encontrar casais que estivessem dispostos a compartilhar suas histórias com o público foi um dos principais desafios da equipe de produção. "Eles temem alguns estereótipos que ainda existem em relação a esse tipo de relacionamento. Foi preciso todo um trabalho de convencimento de que queríamos de fato realizar um estudo, um trabalho sério sobre esse tipo de relacionamento".

Ele conta que as redes sociais foram um dos principais instrumentos utilizados pela equipe de produção para encontrar os personagens da série. "As redes sociais desempenham um papel relevante até mesmo na propagação desse tipo de relacionamento. As redes permitiram que essas pessoas se encontrassem, descobrissem que estava afim desse tipo de relacionamento. É comum encontrar pequenos movimentos e grupos falando de relações livres e poliamor".

Além disso, a equipe recorreu a recomendações de conhecidos e a ajuda de especialistas que estão estudando o tema. "Quando você vai mostrar a vida desse canal, não tem como você não falar do tema do poliamor em si. Conversando com esses especialistas, fomos entendendo como esses relacionamentos se configuram e a partir daí formulamos nossos personagens", diz Jardim.

"Cada episódio traz uma configuração diferente de relacionamento. Há desde casais que vivem vidas quase monogâmicas, mas sem cobranças, até casais onde o relacionamento com outras pessoas é faz parte da relação. Acho que muitas pessoas vão se impressionar com a quantidade de variações que existem e com como isso já está bem organizado e presente", conclui o produtor.

Quebra de paradigmas

De acordo com jardim, um dos estereótipos mais questionados pelos praticantes do poliamor é a ideia de que esse tipo de relacionamento é uma conquista machista dos homens. Contudo, o que a equipe de produção testemunhou foi um protagonismo feminino. "O homem de certa forma sempre teve a liberdade de se relacionar com outras pessoas, de forma aberta ou escondido. A sociedade sempre aceitou isso. A mulher que fazia isso, por outro lado, era mal vista – e é isso que está mudando agora. Uma das coisas mais interessantes do programa é presenciamos um cenário de libertação da mulher. A grande maioria dos casos estavam relacionados a afirmação do desejo da mulher de poder ser aquilo que ela é", revela Jardim.

"Outra coisa interessante que vimos é que muitos desses relacionamentos se formam, na verdade, pelo desejo de não se separar. Em um mundo em que tudo acontece e tudo muda tão rápido e o relacionamento com diversas pessoas é normal, essas pessoas querem se manter unidas com quem gostam. Esses arranjos são uma forma de ter uma relação fixa com alguém que não seja ameaçada por essas cosas que estão aí", diz.

13 COMENTÁRIOS

  1. Vivo assim,num tricasal,poliamor,amor em trio ou seja qual for o nome.Vivemos bem,sem conflitos,pelo contrário, ter com quem dividir os problemas e alegrias,é ótimo! Apoio mútuo sempre.

  2. Para né! Sou contra, se uma relação de dois já é difícil as vezes, imagino de três!!! Não acho correto, não acho honesto, acho que as pessoas estão ficando loucas… As pessoas querem coisas novas, mas se perdem dentro delas mesmo.

  3. s infelizmente é esse mundo em que vivemos , alguns querem se relacionar com outros mas não querem cobranças então vivem as escondidas seus relacionamentos ……

  4. Acho estranho a ideia de relacionamento a 3, estamos acostumados com padrões antigos, porém existe algo oculto na sociedade relacionado a sexo que aos poucos está sendo quebrado, a ânsia de ser feliz e ser livre é o que todos procuram.Saber que podemos e temos o direito de escolher quem quisermos para nos relacionarmos afetivamente é um direito, tudo isto faz parte da evolução humana e cada qual vive o que precisa para evoluir e buscar a tal felicidade e conhecer o amor, ser sincero e viver as claras é a melhor coisa que podemos sentir.

  5. Acho super válido se relacionar abertamente, porém minhas tentativas ainda não foram bem sucedidas pq os homens com quem tentei ainda não estavam preparados para não mentir. Por mais que eu desse espaço para que se relacionassem com outra pessoa, a honestidade ainda é um passo complicado qnd se fala em sociedade.

  6. Pare você também então! Só porque o seu modelo não está sendo adotado você ataca quem convive de uma forma diferente. Tolerância é boa e todo mundo gosta. Tolerar não significa que você vai precisar fazer aquilo que outras pessoas estão fazendo, mas sim respeitar a opinião e a forma de ser de todos…

  7. Estou tendo certa dificuldade em assimilar isso, meu namorado tá querendo; mas só vejo lados negativos. Me parece que só dará certo pra uma das pessoas, nesse meu caso, pro homem q terá duas mulheres. Também sugeriria que a GNT colocasse também os problemas que esse tipo de relacionamento sofre no dia a dia e não só que é bom, que é saudável. Pq acho que uma parte sempre sairá lesada, um sempre ficará na sombra

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