Moovie produz séries documentais do universo dos esportes 

Alice Kuerten, mãe do tenista Gustavo Kuerten, e o produtor Eduardo Rosemback (Foto: Acervo)

O criador e produtor Eduardo Rosemback, que tem uma extensa trajetória na indústria de entretenimento, está à frente da produtora Moovie e, no último ano, lançou projetos de destaque no streaming, como as séries "Desejos S.A." e "How To Be a Carioca", e ainda um longa-metragem que estreou nos cinemas no último mês de abril, "Vidente por Acidente", do qual assina a produção associada. Para os próximos meses, Rosemback tem novidades. 

Uma de suas principais apostas é a série documental em cinco episódios sobre o tenista brasileiro Gustavo Kuerten, o Guga. Intitulada "Guga por Kuerten", a produção tem estreia global confirmada para 10 de setembro – dia do aniversário do tenista -, no Disney+. Em uma coprodução da brasileira Moovie com a norte-americana Bourke, de Rodolfo Lamboglia, sócio no projeto, junto a GK Company, empresa dos irmãos Kuerten, a docussérie passou por diversos países, uma vez que o atleta é conhecido e querido em diferentes regiões, tais como França, Itália e Japão. "Conseguimos depoimentos dos principais tenistas do mundo, como Nadal, Federer e Djokovic. Pela primeira vez, Guga e sua família abriram seu acervo pessoal. Contaram suas histórias, os dramas que viveram. Tivemos acesso a muitas imagens e vídeos", adiantou Rosemback que, com o projeto, faz sua estreia como diretor, assinando a direção artística episódica. 

Ainda no universo dos esportes, ele prepara uma série documental sobre a história do São Paulo Futebol Clube. "Estamos conversando com a diretoria e a presidência há algum tempo para fazer acontecer e já temos essa confirmação. Assinamos o contrato em fevereiro deste ano. Estamos passando pelo processo de fontes de financiamento, mas tudo está bem encaminhado, e acredito que levantaremos essa série muito rápido", afirmou. "Estamos muito entusiasmados. Tenho vontade de falar com esse público, entrar nesse universo do futebol. E estamos assistindo a produções muito boas – como a série da Apple sobre o Messi, por exemplo. É um universo que me interessa pois tem muita vida ali – as histórias dos jogadores, dos bastidores, dos clubes. As pessoas não sabem muito bem a dinâmica do futebol, só aquela pequena parte que é mostrada nas transmissões esportivas. Os dilemas, o drama, o suspense, até o humor… tudo isso que envolve o futebol me interessa muito. E o São Paulo é tricampeão mundial, é muito importante. Temos uma missão de contar bem essa história". 

Lançada no final de março no Star+, a série "Desejos S.A.", criada pelos diretores argentinos Gastón Duprat e Mariano Cohn, é baseada em uma ideia de Horarcio Convertini, que a roteirizou juntamente com Martín Bustos contando com a colaboração de André Brandt e Gui Cintra, da Farra.Produzida pela Moovie, a série original e exclusiva do Star+ tem direção geral de José Alvarenga Jr. e codireção de Mariana Youssef. O produto performou bem na plataforma e, logo na estreia, figurou no "Top 10" dos mais assistidos. Ainda não há uma segunda temporada confirmada, mas Rosemback garante que, do lado dele, é uma possibilidade real. "Já temos seis roteiros escritos para uma possível segunda temporada", revelou, confirmando que os textos seguem assinados por Brandt e Cintra. 

Histórias sobre jornadas humanas 

Na Moovie, Rosemback está à frente da parte artística da produtora. "Pensando sobre nossos projetos, acredito que o condimento essencial é a jornada humana. Todos os projetos que fiz em parceria com Gastón Duprat e Mariano Cohn são focados nessa questão da progressão humana, seja ela positiva ou negativa. É essa jornada de emoções, sensações humanas. Posso arriscar dizer que é uma marca da produtora. Se os projetos não tiverem essa marca, dificilmente vão nos interessar. Até nas produções esportivas, o que buscamos é esse lado humano. Acreditamos que isso tem que vir primeiro", analisou. 

E, dentro dessa cartela de projetos, estão produções voltadas a diferentes janelas. No próprio site da Moovie lê-se "conteúdo audiovisual para qualquer tela". E o produtor reflete: "Que telas são essas, ou que telas serão, não sabemos – e esse é o desafio. Hoje, a briga mesmo é por atenção. Não é sobre qual tela você está, e sim o quanto de atenção você dedica para aquele momento de assistir ao conteúdo. No cinema, isso acontece de forma muito particular. Você compra ingresso, vai até lá, a luz apaga. O streaming não tem essa capacidade, então você fica mais suscetível, vulnerável. São muitos estímulos, e isso atrapalha". 

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