Definição de faixas para LMDS está quase pronta

A definição das faixas de freqüência a serem utilizadas pelos serviços de LMDS (comunicação ponto-multiponto via microondas) ou LMCS (serviço similar ponto-a-ponto) está praticamente pronta para ser encaminhada ao Conselho Diretor da Anatel. De acordo com o superintendente da agência, Amadeu de Paula Castro Neto, a idéia da proposta é deixar mais ou menos aberta a possibilidade de utilização das faixas por diversos serviços, de TV a transmissão de dados. As regras deverão prever a existência de blocos de faixas de 500 MHz e de 75 MHz que poderão ser combinados ou agrupados. As faixas a serem reguladas vão de 25,35 GHz a 28,35 GHz e de 31,3 GHz a 31,5 GHz. Uma vez que o conselho aceite o modelo de utilização, será necessário realizar um chamamento público para verificar o interesse e o tipo de serviço a ser prestado nestas faixas. Somente poderá ser solicitado um serviço que já seja regulado pela Anatel. Se houver mais de um interessado, a agência deverá promover licitação. De qualquer forma, não está claro como se pode fazer uma licitação entre dois serviços diferentes que queiram ocupar a mesma faixa de espectro. Mesmo sendo baixo o alcance do serviço, não será possível dar a mesma faixa de freqüência para dois autorizados geograficamente próximos (numa mesma localidade, por exemplo). As características técnicas do serviço limitam de certa forma os interessados em utilizá-lo. As altas freqüências previstas sofrem grandes interferências metereológicas, ou seja, a qualidade do sinal cai muito com a chuva. O alcance do sinal também é muito baixo, mas existe a possibilidade técnica da colocação de um "reuso", ou reforçador do sinal. Dependendo das condições, o LMDS tem alcance de até 3 km sem a utilização do "reuso", considera Amadeu de Paula. Isso limita o serviço para áreas de grande concentração de usuários ou para usuários corporativos, também devidamente concentrados no espaço. Um segundo limitador está nos altos investimentos para criar um alto número de células, necessários a uma boa cobertura. A TV por assinatura poderá utilizar o sistema, mas de uma forma um pouco mais restrita. Uma saída seria combinar a transmissão de dados em alta velocidade e o serviço de Internet para alguns clientes. Para a telefonia fixa, este serviço poderá ter grande utilidade para clientes corporativos nos grandes centros. Amadeu de Paula acredita que o serviço é mais interessante para as operadoras de telefonia, mas lembra que qualquer tipo de operador poderá utilizá-lo.

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