Para Jeffrey Cole, diretor do Annemberg Center, instituto vinculado à University of South California que há quase 11 anos dedica-se a análises do mundo digital no Projeto Digital Future, a mobilidade é o futuro da mídia de massa. “Tudo vai convergir para a mobilidade”, resumiu. Ele fez uma palestra na tarde desta terça-feira, 4, no Maximídia, evento que acontece em São Paulo. Ele compartilhou com uma plateia formada por publicitários, anunciantes e executivos de veículos, alguns highlights das pesquisas que vem realizando.
“As mídias de massa não desaparecem, elas mudam. Elas têm que encontrar maneiras de sobreviver como players menores”, observa Cole, lembrando que é isso que aconteceu com o cinema e o rádio com a popularização da televisão. Para ele, com o avanço dos meios digitais, a TV não vai diminuir sua importância, porque o que se tem observado é um consumo simultâneo do conteúdo televisivo e das mídias digitais. O pesquisador ressaltou que em 1975, a população americana assistia em média a 16 horas de programação televisiva. Em 2010, o número saltou para 35 horas. Mudança que se deve também ao fato de os lares terem hoje mais de um aparelho de TV, facilitando o consumo. “A TV não vai ser um player menor”, reforça.
No entanto, a TV deverá também seguir algumas tendências. Uma delas é acompanhar o espectador em momentos não tradicionais de consumo, como o transporte público, a sala de embarque dos aeroportos e dentro dos aviões. “A TV será uma companhia constante”, afirma. Outra tendência forte é que os iPads e demais tablets sejam uma importante fonte de conteúdo impresso e da TV. "É esse o futuro da televisão e da mídia impressa", palpita.