O painel da Warner Bros. Discovery encerrou a programação do Rio2C nesta quinta-feira, dia 6 de junho. Executivos do grupo falaram sobre as dinâmicas e estratégias – especialmente após o rebranding da plataforma de streaming, que virou Max no último mês de fevereiro – e os próximos projetos. A programação voltada para crianças teve bastante destaque na apresentação. Um dos principais diferenciais pontuados pelo grupo na época do lançamento da Max no Brasil foi justamente a ampla oferta do serviço para essa faixa etária, além das ferramentas de controle e segurança. O ecossistema WBD conta com três grandes marcas infantis – Cartoonito, Discovery Kids e Cartoon – que, juntas, abocanham 64% do share do mercado Kids no Brasil.
Lívia Ghelli, diretora de estratégia e revenue para América Latina e head do Brasil para as marcas infantis da Warner Bros. Discovery, analisou: "A jornada da criança muda muito e acompanha as evoluções tecnológicas. Esse é um grande desafio. As crianças, em geral, são as primeiras a se adaptarem a novos meios de consumo e migrarem para eles, o que nos obriga a nos reinventarmos e buscarmos inovações e novidades todos os dias". Ela reforçou ainda essa preocupação com a segurança e a privacidade das crianças. Nesse sentido, a Max traz as opções de perfis infantis segmentados por faixa etária. "Não necessariamente o conteúdo livre é 'kids friendly', por isso temos muita preocupação com a curadoria".
Marina Filipe, gerente sênior de produções originais Kids & Family da WBD no Brasil, enfatizou que, antes de qualquer coisa, o grupo prioriza o conteúdo premium. "Parece besteira mas, quando comparamos com o que está disponível nas outras telas, isso é muito importante", afirmou. Outro movimento que a área Kids da empresa tem feito é a associação a criadores de conteúdo digital que, segundo a executiva, tenham credibilidade, relevância e compartilhem os mesmos valores, como "Mundo Bita" e "Gato Galático", com quem o grupo possui conteúdos em parceria.
As diretoras afirmaram que a WBD está sempre aberta a receber novos projetos – não existe um período específico para isso. Marina Filipe apontou alguns caminhos: "Nosso trabalho é ficar conectados com os criadores brasileiros o tempo todo, sempre de olho no que está rolando. Atualmente, estamos focados em séries de animação. É importante que exista um equilíbrio no conteúdo entre características locais e globais. Ele deve falar prioritariamente com o Brasil, mas ter uma capacidade de conquistar outros territórios desde o início". Elas esclareceram ainda quais são as faixas etárias que as marcas trabalham: Cartoonito atende crianças de três a cinco anos; o Discovery Kids, de seis a nove; e o Cartoon Network, acima dos dez.
Por fim, a apresentação recebeu Juliano Enrico, criador do "Irmão do Jorel", e o produtor Zé Brandão, do Copa Studio, para celebrar os dez anos da série no ar, que serão comemorados com o lançamento de conteúdos especiais da animação na Max.
