Quando a depressão no mercado publicitário vai finalmente terminar nos EUA? Para pelo menos uma empresa de mídia, a resposta pode ter sido dada no final do primeiro semestre.
Enquanto todas as notícias no setor de mídia oscilaram entre a desgraça e a tragédia, o anúncio feito no final do terceiro trimestre pela Viacom, de que houve aumento nas receitas publicitárias em praticamente todas as suas divisões, apareceu como uma luz no fim do túnel.
A empresa é considerada um indicador central do mercado publicitário porque a maior parte de suas receitas vem das inserções comerciais em seus canais de TV aberta e TV paga. Além destes setores, a Viacom também controla a Paramount e a Blockbuster.
Mas a melhor notícia talvez tenha sido o aumento das receitas publicitárias da CBS do US$ 1,3 bilhão registrado há um ano para uma previsão de US$ 1,9 bilhão na próxima temporada, que começa na primavera do hemisfério norte e cujas cotas comerciais começam a ser vendidas agora.
A venda de publicidade nas redes de rádio tiveram seus primeiros ganhos desde o quarto trimestre de 2000, em parte pelo crescimento da audiência da estação da Viacom em Nova York, em decorrência da briga pelos direitos de transmissão das imagens do New York Yankees, o que tem privado os telespectadores de uma grande parte da cidade de verem os jogos.
As programadoras também tiveram ganhos concretos, principalmente a MTV com seu ?The Osbournes?, sensação da temporada passada.
Mas mesmo que as notícias da Viacom sejam boas, elas não chegam a surpreender, já que os péssimos resultados dos últimos anos fazem a comparação anual parecer melhor do que realmente é. A Viacom, assim como os demais grupos de mídia, ainda têm um longo caminho adiante até retomarem os níveis registrados no boom da década passada, quando as empresas pontocom inflacionaram o mercado.
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