Rômulo Pontual, VP executivo da NewsCorp., disse hoje no painel de abertura da ABTA 2003 que a operadora vai trazer, em aproximadamente um mês, ao mercado brasileiro o seu PVR (Personal Video Recorder). A Sky lançou recentemente o produto no mercado britânico. O PVR existe também no mercado norte-americano (através de empresas como Tivo, Replay TV), mas a plataforma da Sky – ainda não foi definido o nome do serviço aqui – foi desenvolvida pela própria operadora. O novo serviço, que inclui a armazenagem de até 70 horas de programação para exibição a posteriori, na hora em que o assinante demandar, vem sendo vendida aos assinantes na Grã-Bretanha, mediante acréscimo no valor da assinatura mensal.
On demand
O PVR já vem acoplado ao IRD, dispensando assim a necessidade de mais um equipamento ligado ao televisor. De acordo com Pontual, ainda não foi definido o preço da nova caixa da operadora, nem o valor adicional do serviço ao assinante. No Reino Unido, o custo do equipamento é de US$ 199,00. No Brasil, estuda-se uma possibilidade de financiamento, já que o produto deve ser de alto custo inicialmente. A tecnologia que será utilizada é da NDS. Quanto ao modelo de exploração comercial, Rômulo Pontual lembra que tradicionalmente as operadoras oferecem a caixa subsidiada mediante pagamento de uma taxa mensal adicional. Como será o equilíbrio entre o custo inicial da caixa e a taxa mensal é algo em estudo ainda.
Segundo o VP da News, a novidade, que ele chama de uma espécie de video-on-demand, atende a uma das principais reclamações do assinante, que é a grande concorrência entre os canais, com simultaneidade de atrações no horário nobre, por exemplo. "O Brasil será, assim, o terceiro mercado a ter esse tipo de vídeo on demand", anunciou Rômulo Pontual.
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O PVR grava a programação que o usuário seleciona (por exemplo, num horário em que ele assiste a outro programa ou na sua ausência, tal como se programa um videocassete), para posterior reprodução, mas sem possibilidade de cópia. O sistema da Sky garvará a programação corrente mas também receberá conteúdos diferenciados, como filmes e arquivos de música, que serão acessados sob demanda. Nos Estados Unidos, foi lançado também o serviço de PVR com possibilidade de eliminação dos intervalos comerciais dos programas, o que gerou naquele mercado ampla repercussão e também processos judiciais. No Brasil essa possibilidade foi descartada pela Sky para evitar problemas com os provedores de conteúdo. Também foi eliminada a opção (tradicional nos PVRs vendidos nos EUA) de avanço da programação em blocos de 30 em 30 segundos.