"Acampamento Intergaláctico", primeiro longa-metragem do youtuber Ronaldo Souza, mais conhecido como Gato Galactico, estreia nos cinemas no dia 22 de setembro. Financiado pela Sofa Digital em parceria com a argentina Ledafilms, o projeto é produzido pela Clube Filmes e será distribuído pela Synapse, selo de distribuição da Sofa Digital. Fabrício Bittar ("Bugados" e "Alice No Mundo da Internet") dirige a comédia e assina o roteiro com Luiz dos Reis e Jim Anotsu.
"Eu já vinha acompanhando o sucesso do Ronaldo no canal. Nós, da produtora, vimos que tinha muito potencial para levar para o cinema o trabalho que ele já fazia no YouTube. Acreditamos muito nesse tipo de parceria: enquanto ele já tem a linguagem para se comunicar com o público, a gente traz a experiência em produções para o cinema. Desenvolvemos em conjunto as ideias para chegar naquela que seria a melhor história. A trama passa, por exemplo, por questões relacionadas à origem do personagem, de como ele teria surgido. Foi um trabalho totalmente em parceria. Afinal, ninguém melhor do que ele mesmo para conhecer seu público, o que eles gostam. A parceria do Ronaldo foi fundamental", contou o diretor Fabrício Bittar em entrevista exclusiva para TELA VIVA.
Ronaldo Souza cria conteúdo responsável para toda a família e transmite mensagens positivas a fim de inspirar os "Miaus", como são chamados os seus fãs. Atualmente, o canal conta com mais de 15,4 milhões de inscritos e seus vídeos acumulam 5,2 bilhões de visualizações.
No longa, Ronaldo e sua irmã viajam ao Acampamento Intergaláctico para participarem de uma competição que revela grandes inventores. Chegando lá, desconfiam que um alienígena malvado esteja sabotando os seus planos. A partir daí, eles viverão aventuras cheias de ciência, diversão e música para salvar o mundo.
O elenco reúne talentos de gerações variadas: Marianna Santos como Marina, irmã de Ronaldo; Lucas Salles, que interpreta Arthur; Blota Filho, que vive o personagem Hélio; Pedro Miranda como Thiago; Lili de Siqueira como Nath; Carol Tavares como Tati; Cláudia Okuno e Camila Tanaka, como As Divas; e Tulanih como Flávia.
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"De certa maneira, nós sempre vamos buscar inspiração em coisas que estão acontecendo. A literatura, por exemplo, sempre foi uma base para adaptações cinematográficas, e agora para séries também. Por isso era um caminho natural que a internet passasse a fazer parte desse universo também. Estamos lá o tempo inteiro, passamos boa parte da nossa vida online. E toda obra acaba refletindo um pouco do seu tempo. Era impossível não dar espaço para essas personalidades da internet. Elas têm um alcance enorme. São linguagens diferentes mas, ao mesmo tempo, uma coisa muito legal é que quem não conhece o canal pode ver o filme, e isso é uma vantagem das adaptações, elas atraem um público novo", analisou Bittar. "O Ronaldo já faz isso muito bem: tem livros, shows e agora está indo para o cinema. É um caminho legal de ir oferecendo ao público dele algo mais amplo, além de atrair novas audiências".
As produções de Bittar costumam trazer uma série de efeitos especiais e "truques" de filmagem – esse é um dos grandes diferenciais de "Alice No Mundo da Internet", por exemplo. No caso de "Acampamento Intergaláctico", não há tantos efeitos, mas por se tratar de uma ficção científica, há pontos que devem chamar a atenção do público nesse sentido. "O cenário principal é um laboratório de ciência. Tem alguns efeitos, disco voador. Vemos muitos filmes de acampamento, mas são sempre focados em esporte, férias e coisas assim. O nosso é um acampamento de ciência, com foguetes. Por isso é diferente", revelou. O diretor contou ainda sobre as referências dos anos 80 presentes no longa. "É uma referência muito forte que trago nos meus trabalhos. Nesse filme, tem o contato do Ronaldo com um ET, por exemplo, por isso o próprio filme 'ET' foi uma inspiração. Além dessas cenas especiais, tem muitas passagens de humor. É uma história bem divertida", completou.
Bittar também celebrou a estreia nos cinemas: "Eu estou bem animado, estava com saudades de lançar filmes no cinema", disse. Seus últimos dois projetos estrearam diretamente nas plataformas digitais. "O ideal, para mim, é lançar em absolutamente todos os lugares. Cada tela tem seu público. No caso do filme infantil, é legal estar no cinema pois é um programa familiar, um entretenimento muito positivo, uma atividade completa. No cinema, o nível de concentração é muito diferente. Além disso, é muito bom assistir junto de outras pessoas, acompanhando a reação de cada um. E para formação de plateia, o que também é muito relevante".
Próximos projetos
Bittar se prepara para lançar seu primeiro drama para os cinemas, "O menino que queria jogar futebol", baseado em uma história real. O projeto também é uma parceria com a Synapse, da Sofa Digital, e deve iniciar as filmagens em fevereiro de 2023.
Além disso, o diretor trabalha no desenvolvimento de um longa para a Galeria Distribuidora chamado "Garotas x Zumbis". "É um terror com comédia, cheio de referências antigas, mas numa visão muito mais moderna. O roteiro apresenta quem é a 'patricinha' de hoje em dia, essa menina que vive na internet, focando no poder feminino. Brincamos que elas são perfeitas para sobreviverem a um apocalipse zumbi, e o filme quer mostrar que tipo de força é essa que elas têm", adiantou.
