Fox usa redes sociais para alavancar audiência

Como as novas formas de consumo de mídia podem ajudar os produtores e distribuidores de conteúdos? A questão vem sendo tema de todos os congressos de TV pelo mundo, e não foi diferente no Mipcom, que acontece esta semana em Cannes.

David Wertheimer, presidente da área digital da Fox nos EUA, mostrou como comparação que a série "24 Horas" foi assistida em 2001 quase que inteiramente "ao vivo", ou seja, no horário em que foi transmitida, mas que "New Girl", de 2011, teve 50% de sua audiência em "time shift", ou seja, foi vista gravada em DVR ou em vídeo on-demand.

Também segundo ele, as redes sociais têm um impacto enorme na escolha dos espectadores. No público de 18 a 34 anos, 25% diz ver um programa pela primeira vez por causa de citações em redes sociais, número que cresce para 30% entre os jovens de 15 a 17 anos. no futuro, diz, a TV será integrada às redes, e criará um playlist individual baseado no que seus amigos estão assistindo.

"Por isso, temos (a TV) que ser melhores em indicar conteúdos, influenciar as escolhas. Precisamos de estratégias para tornar este conteúdo compartilhável", disse o executivo.

Esta tem sido a estratégia da Fox, conta. Conteúdos simples, como fotos dos Simpsons e de "Family Guy"chegaram a ter 300 mil "likes"no Facebook. Na estreia de "X-Factor US" foram registrados 1,4 milhão de comentários, 75% dos quais vindos de dispositivos móveis, conta Wertheimer.

"A questão não é mais engajar o espectador, mas fazer com que ele engaje seus amigos", afirmou.

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