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Telebras pode gerir satélite sem parceiro privado, diz Martinhão

O presidente da Telebras, Maximiliano Martinhão, disse, nesta quinta-feira, 9, que a possibilidade de ter uma abertura do leilão do satélite vazia já era trabalhada pela estatal dentro da gestão de risco. “Nas conversas preparatórias do edital, a gente já tinha mapeado qual o caminho que seria tomado caso isso acontecesse. E aconteceu não porque o nosso processo não era bom, diversas circunstâncias econômicas por que passa o país, a falta de interesse temporário das operadoras contribuíram para essa situação”, avaliou.

Os caminhos para o futuro do satélite em estudo na estatal vão desde o relançamento do edital com outras condições; pode ser a Telebras assumir todo o projeto sem um parceiro privado, como já faz na rede de fibra óptica nacional; ou pode ser a Telebras contratar diretamente os equipamentos necessários para prestar o serviço. “Todas essas possibilidades estão sendo trabalhadas por dois grupos para saber qual o melhor resultado para a companhia e a gente vai decidir qual o caminho definitivo ainda este mês”, afirmou.

– Isso tudo vamos fazer em contínua conversa com os órgãos de controle.  O importante é dizer que esse processo é altamente elogiado por todos os participantes, no sentido de que fizemos inúmeras reuniões, adiamos prazos para que os agentes pudessem participar, esclarecemos todas as dúvida, atuamos junto aos órgãos de controle, então do ponto de vista do processo, ele foi de extremo sucesso, no sentido de que decidimos fazer um leilão em maio e colocamos de pé em um período curto”, ressaltou Martinhão.

O executivo disse que o projeto do satélite está andando, a parte da banda X já está em operação, ajudando a Defesa na proteção das fronteiras, apoiando atividades de operação das Forças Armadas e o projeto de gestão ao acesso a internet continua andando. “As nossas gateway – são cinco no país Salvador, Brasília, Rio de Janeiro, Florianópolis e Cuiabá – estão sendo implantadas, ou seja, o projeto não sofreu nenhuma contingência”, assegurou.

Martinhão não afirmou que existe a possibilidade da estatal vender o serviço diretamente para o consumidor final, mas disse que esse atendimento está previsto no decreto que refundou a Telebras, “que prevê o atendimento pela estatal ao usuário final nas áreas onde a prestação de serviço de internet seja ineficaz, dentro dos critérios do ministério. O ministério aponta para a Telebras quais são essas áreas e a Telebras pode fazer esse trabalho”, salientou

O presidente da Telebras achou positiva a previsão de lançamento de satélites em banda Ka por empresas privadas. “É bom que novos satélites sejam lançados, por que melhora a qualidade da internet e a cobertura do país. Mas esses satélites não têm a cobertura em todas as regiões do país, em todos os quilômetros do território brasileiro como o SGDC”, reforçou.

45 anos

No seu discurso na solenidade de comemoração dos 45 anos da Telebras, Martinhão afirmou que a companhia apresentará resultados positivos, após a subscrição de ações decorrentes do aumento do capital social da empresa. Esse é um dos pontos a ser discutido na Assembleia Geral Extraordinária da companhia marcada para o próximo dia 30. Os outros pontos em discussão se referem a adequação da empresa à lei das estatais.

 

 

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