Em 2017, a Giros, produtora carioca, completa 20 anos de atuação no mercado. Com nove filmes e 37 séries no currículo, ela também acumula mais de 25 prêmios, tanto nacionais quanto internacionais. Atualmente, a equipe é liderada por Belisario Franca, sócio-fundador e diretor geral, e pelas sócias Maria Carneiro da Cunha, diretora executiva, e Bianca Lenti, diretora de criação.
O primeiro longa-metragem de ficção da produtora foi “Um Homem Só” (2016), de Claudia Jouvin. O filme conquistou três Kikitos no 43º Festival de Gramado: Melhor Fotografia, Melhor Atriz (Mariana Ximenes) e Melhor Ator Coadjuvante (Otávio Müller). Já o premiado “Menino 23 – Infâncias Perdidas No Brasil”, de Belisario Franca, é o primeiro documentário da “trilogia do silenciamento”, um projeto do diretor que promete recuperar histórias e personagens brasileiros que vivem à margem da historiografia nacional. O longa conquistou nove prêmios, entre eles Melhor Documentário pelo Júri e pelo Voto Popular no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2017. O filme também ficou entre os 15 pré-selecionados na categoria Melhor Documentário do Oscar 2017.
Agora, a Giros se prepara para investir em novos formatos, como ficção e animação. Entre os destaques dos novos projetos de ficção da produtora são “Baile de Máscaras” (TVs Públicas), “Revolta dos Malês” (Sesc TV) e “Queimamufa!” (Canal Futura). Já no ramo da animação a novidade é “Billy e Catarina”, para TVcom. A série, que tem produção prevista pro segundo semestre de 2019 mas ainda segue sem previsão de estreia, é direcionada ao público infantil de 2 a 5 anos e aborda temas como respeito às diferenças e bullying.
“O universo da dramaturgia sempre nos atraiu muito. Somos consumidores vorazes de todo tipo de dramaturgia e incluir ficção nas nossas atividades era meta desde 2010, quando montamos o nosso núcleo fixo de criação e desde então desenvolvemos muitos outros produtos”, conta Maria Carneiro, diretora executiva.
Para essa nova fase, a produtora teve seu núcleo criativo renovado. Em 2018, serão desenvolvidos mais quatro dramaturgias, envolvendo a equipe interna e novos roteiristas. “Nossa equipe de criação aqui é super versátil, todo mundo faz de tudo, mas entendemos a necessidade de investir na formação de pessoas e contratar mais gente pra dar conta do volume de demandas que só cresceu nos últimos anos”, explica Bianca Lenti, diretora de criação. “Hoje nossa esquipe é formada por nove pessoas, todas capacitadas para transitar bem em diversas áreas”, completa.
Com as novas produções, surgiram também oportunidades de trabalhar com canais com os quais a Giros ainda não havia trabalhado, como a Universal, que será parceira em um projeto chamado Jungle Pilot, previsto para ser produzido em 2018 e estrear em 2019. Já Corumbá, série baseada no livro Ladrão de Cadáveres, de Patrícia Melo, inaugura a parceria com a FOX, que bancou o desenvolvimento do projeto. “Emplacar um projeto de dramaturgia é maravilhoso, mas tão bom quanto é sermos reconhecidos por players importantes do mercado como fornecedores de conteúdo capacitados pra isso e construir relacionamentos que são movidos pela paixão de contar histórias relevantes”, comemora a dupla.
Refletindo sobre o caminho percorrido até agora, Maria pondera: “A Giros entrou em uma nova fase quando o aumento da demanda por conteúdo independente se consolidou – reflexo da nova lei – e quando conseguimos levantar no mercado recursos para pesquisa e desenvolvimento em um fluxo contínuo. De lá pra cá, temos desenvolvido projetos cada vez mais diversos em temática e em gênero, aumentado o número de canais que trabalhamos e ampliado as parcerias e coproduções.
Já a respeito dos próximos planos da produtora, a diretora executiva finaliza: “Acredito que o trabalho agora seja continuar entregando nossos produtos com o ‘selo Giros de qualidade’ e aprimorar a distribuição dos nossos projetos, para que alcancem audiências ainda maiores, seja no Brasil ou no exterior.”