Para CEO da Turner, desafio das empresas tradicionais é mudar o modelo de publicidade

A Internet mudou a televisão e os canais de TV estão correndo atrás do prejuízo, buscando novas formas de entregar conteúdo, novas formas de chegar ao consumidor e novas plataformas. Tudo isso está em curso, mas há ainda um passo queda indústria tradicional de conteúdos ainda precisa fazer para enfrentar a realidade da Internet: mudar o seu modelo de publicidade e efetivamente chegar a um patamar de entrega de conteúdos personalizados, porque é isso que os patrocinadores estão encontrando na Internet.
"Estamos fazendo muito pouco em relação a entregar uma publicidade segmentada. Temos um legado muito pesado e temos que monetizar de maneira mais moderna e contemporânea do que fazemos", diz John Martin, CEO da Turner, em debate sobre o futuro da TV durante a CES 2018, evento de eletrônica de consumo que acontece esta semana em Las Vegas. Ele aponta algumas causas para isso. "Nossa indústria é fragmentada. Temos que ter plataformas padronizadas. Isso é o que de deixa com receio. Meu medo é que que até a gente conseguir, todo mundo estará usando Hulu ou Netflix".
Ele diz que o momento é bom para as empresas de mídia que produzem conteúdos porque a demanda e a audiência nunca esteve tão alta, mas que os modelos estão se transformando rapidamente. Para ele, a grande mudança de modelo para a indústria de conteúdos é que se antes o objetivo era chamar a atenção, hoje o que importa é estabelecer uma relação de confiança com o espectador, o que é um processo bem mais complexo de construção.
Para Randy Freer, CEO da plataforma Hulu, existe um desafio de toda a indústria de gerar este engajamento, mas uma das formas é através de conteúdos de notícias e esportes, sobretudo eventos ao vivo. Ele prefere não fazer a distinção entre operadores tradicionais e OTT. "Todos nós estamos na mesma corrida, que é entregar conteúdo ao consumidor, independente da tecnologia e da forma de empacotar. "O que vai determinar o segredo para determinar o vencedor está na confiança, na inovação, no custo, na capacidade de fazer a transição, na marca, isso é o que fará você vencer a corrida".

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