Os Funcines (Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional) captarão entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões durante seu primeiro ano de existência. A previsão é do presidente da Ancine, Gustavo Dahl, que esteve presente nesta terça, 11, no Rio de Janeiro, durante o anúncio da publicação nesta data da instrução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que regulamenta os Funcines. A instrução entra em vigor dentro de 15 dias.
Os fundos poderão ser constituídos por bancos e outras instituições financeiras. No mínimo 80% do capital deverá ser investido em projetos da indústria cinematográfica nacional, enquanto que o restante pode ser aplicado em títulos públicos. Só poderão ser financiados projetos aprovados pela Ancine para este fim.
Quando criado, cada Funcine deverá estipular em que áreas aplicará seu capital e em que proporção. Para Dahl, o mais provável é que os fundos diversifiquem suas carteiras, investindo em projetos de produção, distribuição e exibição, de forma a reduzir o risco.
De acordo com a instrução da CVM, são financiáveis: ?obras cinematográficas brasileiras de produção independente, incluindo sua produção e distribuição; construção, reforma e recuperação de salas de exibição; aquisição de ações de companhias abertas de capital predominantemente nacional, cujo objetivo seja a produção, comercialização, distribuição ou exibição de obras cinematográficas brasileiras de produção independente; e obra cinematográfica ou videofonográfica seriada produzida com no mínimo três e no máximo vinte e seis capítulos e telefilmes brasileiros de produção independente?.
Mercado de capitais
O presidente da CVM, Luiz Leonardo Cantidiano, espera que a criação dos Funcines estimule a abertura de capital por parte de empresas do setor de audiovisual brasileiro, que hoje são, em sua imensa maioria, fechadas.