Empacotamento mais flexível poderia facilitar o atendimento da classe C

Na opinião da operadora de MMDS da Jet, um empacotamento de canais mais flexível, aliado a programação mais adequada e incentivos tributários, poderiam permitir às operadoras o lançamento de produtos mais atrativos à classe C, a grande oportunidade de crescimento do setor. "Eu, sinceramente, acredito que nós não temos um produto para classe C. Eu tenho combo, mas será que é isso que o consumidor da classe C quer? Não estou certa disso. Hoje o mercado tem um empacotamento bastante engessado, nós temos que repensar esse modelo", disse Mariana Filizola, diretora de marketing da Jet.
A Net diz que teve sucesso com esse público ao oferecer um combo com apenas os canais da TV aberta, banda larga de 256 kbps e o telefone. O serviço custa R$ 39,90. Márcio Carvalho, diretor de produto da Net, lembra que a flexibilização de oferta tem um limite. Se a oferta criada para a classe C tiver um conteúdo semelhante às demais com preço baixo, isso pode canibalizar a base atual. "Qualquer flexibilização de preço pode prejudicar a base, que é classe A e B", disse ele.
Outra operadora que está trabalhando fortemente na base da pirâmide é a Embratel, com o Via Embratel. Cristina Bandiero, diretora de marketing da operadora, mostrou que para atingir esse público, o marketing tem que ser totalmente diferente daquele que aquele que o setor está acostumado quando vende os serviços para a classe A e B. Segundo ela, o consumidor da classe C é desconfiado, por isso a comunicação tem que ser muito clara para que o benefício seja percebido.
Todos concordaram que o mercado demanda conteúdos específicos para a classe C e que existem discrepâncias importantes entre esses mercados em diversas regiões do país. Também relataram que, em suas experiências, os usuários de classe C tendem a ser menos propensos a reclamações, mas mais exigentes em relação à clareza dos planos.

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