Exibidores condenam divulgação de acordo com a Beyond All para negociação de VPF

Há um desconforto entre alguns exibidores com a notícia divulgada pela FENEEC (Federação Nacional das Empresas Exibidoras) sobre um acordo de 17 empresas com a Beyond All para a negociação de VPF (virtual print fee) com distribuidores internacionais de cinema para financiar a aquisição de projetores digitais. Para este grupo, que está entre os 17 que buscam em conjunto uma solução para acelerar a transição para a exibição digital no Brasil, a assinatura da carta é vista de forma positiva, uma vez que habilita a empresa a buscar um modelo que pode (ou não) ser satisfatório. Contudo, a divulgação do acordo, sobretudo em um contexto que sugere que já foi encontrado o parceiro para a negociação de VPF no Brasil, é que está sendo condenada, uma vez que outras possibilidades ainda estão sendo negociadas, pelo grupo e pelos exibidores individualmente. A escolha da Beyond All também é polêmica, uma vez que a empresa não tem sede no Brasil e nem experiência na gestão deste tipo de negócio, embora tenha acordos com a MKPE Consulting, que presta consultoria na área de tecnologia e entretenimento, e a Cinedigm, experiente na negociação de acordos de VPF.

Concorrente

Além da Cinedigm, a Arts Alliance Media também já negocia com os principais estúdios a cobrança de VPF para salas de toda a América Latina, inclusive para o Brasil. Fabio Lima, sócio da Mobz, que representa a Arts Alliance no Brasil, também estranhou a forma como foi divulgada a assinatura da carta de intenções, uma vez que continua negociando com os exibidores. Segundo ele, ainda não há uma linha no Fundo Setorial do Audiovisual e no BNDES que contemple o financiamento indicado pela Feneec. Além disso, aponta, o investimento de apenas 20% por parte dos exibidores não é suficiente, levando em conta os juros decorrentes do financiamento do equipamento.

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