Analistas vêem Cuba como mercado exclusivo de cord-nevers

Reed Hastings, CEO e co-fundador do Netflix

O movimento da Netflix para entrar no mercado cubano no início desta semana surpreendeu a muitos na indústria, uma vez que o país está longe de ter as condições ideais para o rápido crescimento de um serviço de SVOD. Agora, um analista aponta para uma possível estratégia de longo prazo em um mercado no qual o modelo tradicional de televisão por assinatura pode nunca chegar.

Desde 9 de fevereiro o Netflix já está disponível para os cubanos que têm acesso à Internet e podem pagar com cartão de crédito internacional. Mas o que inicialmente parecia ser apenas mais uma expansão pela América Latina foi apontado como uma iniciativa mais complexa por alguns analistas. A nota publicada pela empresa argentina Transportadora y Asociados afirma que mais de 25% dos cubanos têm acesso à Internet, mas apenas 5 mil conexões de banda larga – e a maioria não está em residências. Além disso, uma hora de conexão com a Internet custa US$ 4,50 e uma assinatura do Netflix é de US$ 7,99, em uma ilha onde o salário médio é de US$ 20 por mês e os cartões de crédito internacionais são raros.

Para a Transportadora y Asociados, a Netflix está se preparando para o desenvolvimento da ilha e um altamente possível salto tecnológico – pular sobre a indústria de TV a cabo e desenvolver a televisão por assinatura diretamente através da Internet. Segundo os pesquisadores, Cuba nunca será um mercado de cord-cutters porque se tornará imediatamente um mercado cord-nevers.

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