No seminário em que se discutiu a publicidade nos canais da TV por assinatura, na terça, dia 12, durante a ABTA 2000, um ponto comum entre os debatedores foi a opinião de que, cada vez mais, a publicidade deve ser local, dirigida para um público específico. A propaganda foi colocada por Cláudio Santos, diretor de comercialização publicitária dos canais Globosat, como uma importante fonte de receita para os canais, sem a qual o custo para os assinantes seria ainda maior. Outra unanimidade foi a importância dada à produção nacional, que ainda exige altos gastos financeiros dos canais. "Sem publicidade não há produção nacional", afirmou Santos, mostrando que enquanto a média de custo de uma hora de produção nos canais Globosat é de R$ 40 mil, uma hora de programação internacional sai por R$ 2 mil. Para ele, a produção local também fideliza o assinante. Paulo Leal, sócio-diretor da Startv, deu ênfase às necessidades de inserções localizadas, exibindo estudos que mostram o potencial econômico das diversas regiões, diferenciadas quanto às necessidades de produtos e, por conseguinte, de campanhas publicitárias. "Os operadores locais têm vantagens únicas e preciosas, pois conhecem bem o público local (regional) e podem explorar suas particularidades e preferências", disse Leal.