Abril vai ao Cade para ter seus canais distribuídos na Sky e Net

O grupo Abril decidiu ir ao Cade contra o grupo Globo por conta da distribuição de seus canais de TV por assinatura. No final de fevereiro, a Abril encaminhou petições ao tribunal de defesa da concorrência alegando, em síntese, que não consegue ter seus canais incluídos nos line-ups das operadoras Net Serviços e Sky, em que a Globo tem participação e distribui seus próprios canais (canais Globosat). A Abril alega que a Globo está vetando a entrada de canais concorrentes. Segundo André Mantovani, diretor geral do grupo TV, responsável pelos canais de televisão da Abril, a Globosat bloqueia novos concorrentes na programação, o que inviabiliza o crescimento do mercado de programação nacional. Alberto Pecegueiro, diretor geral da Globosat, diz que as operadoras Net e Sky têm plena autonomia para decidir a programação que querem ter e que a Globo não tem nenhum poder de veto sobre estas decisões, nem influencia as escolhas da gestão das duas empresas.
A Abril produz e distribui o FizTV (de conteúdos gerados pelos usuários) e o Ideal (para o mercado corporativo), além da MTV. As petições foram feitas ao Cade no processo que analisou a fusão entre a Sky e a DirecTV. O parecer final do Cade referente a esse caso, aprovado em 25 de maio de 2006, impediu a News Corp de "agir de forma discriminatória em detrimento dos concorrentes no fornecimento de conteúdos". A News Corp, na época, era a controladora da Sky, mas hoje deu lugar à Liberty Media. A Globo não teve esta mesma obrigação imposta em 2006. O que aconteceu foi que a Globo apenas perdeu o direito de veto à escolha de conteúdos nacionais por parte da operadora.
Apesar de já ter os canais FizTV e Ideal distribuídos para várias operações independentes, os conteúdos ainda não estão disponíveis nas duas maiores operadoras de TV paga do país, que somadas têm mais de 4 milhões de assinantes.

No UOL

O site com conteúdos do canal FizTV agora está abrigado sob o guarda-chuva do portal UOL, o que deve impulsionar a audiência e, portanto, a atividade colaborativa dos usuários. Hoje, o Fiz recebe cerca de 50 vídeos de usuários diariamente, e já iniciou a política de remunerá-los pelas exibições. Os valores variam de R$ 50 por minuto a R$ 5 mil por meia hora, dependendo da qualificação do usuário que mandou o vídeo. Quanto mais exibições e comentários o usuário recebe, maior é a sua qualificação, e maiores são os valores pagos por seus vídeos.

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