Comédia "Minha Irmã e Eu" é a última grande estreia do cinema nacional em 2023

Ingrid Guimarães e Tatá Werneck em "Minha Irmã e Eu" (Foto: Divulgação)

Com sessões antecipadas a partir do dia 25 de dezembro, a nova comédia nacional "Minha Irmã e Eu" estreia oficialmente nos cinemas no dia 28 deste mês. Protagonizado por Tatá Werneck e Ingrid Guimarães e dirigido por Susana Garcia ("Minha Mãe é Uma Peça 3", "Minha Vida em Marte"), o filme é uma produção da Paris Entretenimento, em coprodução com Paramount Pictures, Telecine, Simba e Globo Filmes. A distribuição é da Paris Filmes. 

Na história, Mirian (Ingrid Guimarães) e Mirelly (Tatá Werneck) são duas irmãs de Rio Verde, no interior de Goiás. Elas não realizaram o sonho da mãe, Dona Márcia (Arlete Salles), de se tornarem uma dupla sertaneja e, além de terem seguido caminhos opostos, vivem às turras. Mirian nunca saiu de sua cidade e se acostumou à rotina pacata do interior. Já Mirelly ostenta uma vida glamurosa nas redes sociais ao lado de amigos famosos em um apartamento na frente da praia no Rio de Janeiro. A família acha que ela é um sucesso, mas o estilo de vida deslumbrante é fake. Ela está com todas as contas atrasadas, vive em um conjugado apertado e faz bicos como cuidadora dos animais de estimação das celebridades. Quando a mãe delas desaparece, as duas deixam de lado as diferenças e se unem para procurá-la, numa viagem que pode mudar suas vidas. 

A produção conta com participações especiais de cantores e atores que acompanham a história das personagens, nos papéis deles mesmos, como Chitãozinho e Xororó, Iza, Lázaro Ramos e Taís Araújo, além da última atuação de Antônio Pedro, que faleceu em março deste ano. Assista ao trailer: 

Trailer oficial "Minha Irmã e Eu"

O projeto do filme já existe há cinco anos, a partir de uma ideia original da própria dupla protagonista. "Queríamos fazer um filme juntas, passamos por várias ideias. Essa escolha por contar uma história de irmãs veio porque isso gera identificação no público. Como eram os filmes do Paulo Gustavo, que falavam desse amor de mãe, de família. Essa relação de irmãos é visceral, afetuosa. Decidimos falar sobre esse vínculo e esse afeto", contou Tatá Werneck em coletiva de imprensa. "Não tivemos muito tempo em sala de ensaio por conta das nossas agendas. Mas já fizemos tanta coisa juntas que todo nosso tempo de convivência refletiu na tela, nessa história de irmandade", completou Ingrid Guimarães, que assina o roteiro do filme ao lado de Célio Porto, Veronica Debom, Leandro Muniz, além da produção associada junto de Mariza Leão, Paulo Nascimento e Rodrigo Castellar. 

"Co-escrever esse filme foi um perrengue", brincou a atriz. "Fiz parte da equipe de roteiro desde o início. Aí veio a pandemia, escrevemos online durante o período. Eu sou roteirista, mas não entendo tudo de estrutura de roteiro. Sou boa de ideia e de diálogo, mas de estrutura, os outros são melhores. Quando a Susana (diretora) entrou no projeto, ela mexeu bastante no roteiro. E quando as filmagens atrasaram, alguns autores saíram. Eu participei do início ao fim. Hoje, entendo mais de estrutura por conta desse filme. Como autora, foi uma grande experiência". 

Susana Garcia também relembrou o início do projeto: "Quando me falaram da ideia e dessa história que era sobre reconexão e o amor entre irmãs e com essa mãe também, entendi que não dava para ser só comédia. Tinha que ser uma história de inspiração para as mulheres, e que fosse fundo nos momentos de emoção – que estavam faltando no roteiro. Quando falamos em comédia, acham que é só piada, que não pode ir para a emoção. Mas é o contrário. Isso funciona. A delícia é essa: rir e se emocionar ao mesmo tempo. Assim, você sai preenchido, transformado, algo te toca e você quer logo indicar para o outro. Se for só a piada, fica superficial. E eu gosto muito de trazer isso. A arte tem que dar uma mexida nas pessoas". 

Com esse título, a diretora encerra quase que uma trilogia, formada ainda por "Minha Mãe é uma Peça 3", com Paulo Gustavo, e "Minha Vida em Marte", com Mônica Martelli, sua irmã. Os três filmes são de comédia e abordam essa relação de família e amigos, puxando o riso para o lado emocional, conforme Garcia mencionou. "Eu gosto de fazer filmes que gerem identificação. E temos material para falar sobre isso de novo, de outra forma", analisou. Entre seus próximos projetos, estão "Cinquentonas", com Ingrid Guimarães e Mônica Martelli, que vai falar sobre mulheres ressignificando a vida aos 50, abordando temas como menopausa, mudança de profissão e separação, e "Minha Vida em Marte 2", que está no processo de desenvolvimento de roteiro e, segundo a diretora, "está trazendo Paulo Gustavo de uma forma bonita na memória". No primeiro filme, o ator, que faleceu em maio de 2021, interpretava o melhor amigo da protagonista. 

Paulo Gustavo foi um dos atores que mais levou o público brasileiro aos cinemas para assistir filmes nacionais. "Minha Mãe é uma Peça 3", por exemplo, é o filme com maior arrecadação da história do cinema brasileiro, com R$ 137,9 milhões arrecadados em um mês em cartaz. Tradicionalmente, seus filmes aproveitavam justamente essa época do ano para estrear: o "Minha Mãe é uma Peça 2" foi lançado em 6 de dezembro de 2006 e, o filme seguinte, em 26 de dezembro de 2019.

Campanha de lançamento 

Veronica Stumpf, head da Paris Entretenimento, explica que a Paris busca trabalhar campanhas de lançamento 360 para todos os projetos: "Procuramos estar em todos os lugares, desde mídias tradicionais até ações especiais. Esse momento do mercado é especial, e a presença e participação do elenco na divulgação, nesse chamamento, é fundamental. Fazemos filmes com amor e paixão, e é tão difícil fazer filme. É cansativo, é difícil levantar o dinheiro, casar as agendas. É muita dedicação, e a gente precisa que o nosso público nos prestigie. Temos buscado trazer essa consciência de que o cinema brasileiro é bom. Ele fala da gente, das nossas histórias, cultura, referências". 

Guimarães completa: "É preciso que as pessoas entendam que cinema é uma maneira diferente de divulgar. Uma peça de teatro, por exemplo, tem um tempo até ela 'pegar', cair no boca a boca. Televisão também, quando você faz uma novela fica meses no ar. Mas cinema é diferente. Só temos uma chance. As pessoas precisam assistir na primeira semana. Nesse período de lançamento, eu entro totalmente no 'mood' de campanha. Participo de podcast, vou na rádio. Tem que cobrir tudo, porque essa chance é única". 

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