A diretora geral da TVA, Leila Lória, comemorou nesta terça, 17, o fato de a Anatel ter renovado a licença para uso da faixa de 2,5 GHz por 15 anos. "Vínhamos trabalhando junto à Anatel há mais ou menos três anos para a renovação. Telefônica e TVA obviamente consideraram uma grande vitória a renovação por 15 anos das licenças de MMDS". Leila está confiante de que a definição dos preços de renovação, que deve acontecer nos próximos 12 meses, não seja algo proibitivo. "Entendemos a posição do TCU. Pelos critérios de hoje, o preço de renovação seria R$ 9 mil, mas entendemos a posição do TCU de tentar criar um pouco mais de valor para essa frequência. Temos certeza de que não vai passar para um valor não razoável", pontua.
"A única questão que ainda fica no ar e com que algumas empresas ficaram preocupadas é com a possibilidade de retirar uma parte do espectro, mas essa questão já está prevista na Lei Geral de Telecomunicações (LGT), que diz que, se houver uma nova destinação para determinado espectro, o órgão regulador vai poder retirar espectro de qualquer um, seja do MMDS, do 2,5 GHz, ou do 3,5 GHz. Então, não há nada novo", analisa Leila.
Para a diretora da TVA, o MMDS é uma alternativa para distribuição de conteúdos em lugares onde não há outra infraestrutura disponível. A executiva é enfática ao dizer que nem TVA nem Telefônica abandonaram a oferta de TV via MMDS, já que há mercados que precisam de alternativas mais baratas. "Mas para conseguirmos manter essa operação precisamos ter espectro. Dá pra perder pouquinho, mas não muito. E como entendemos que a decisão estratégica do governo é manter o MMDS como uma alternativa para distribuição de conteúdo audiovisual, não dá pra tirar o espectro, por mais que as celulares queiram".
A diretora da TVA admite que há bastante discussão, mas que do ponto de vista da TVA e da Telefônica, as empresas já planejam retomar o projeto de WiMAX em 2,5 GHz. "O próximo passo é a homologação dos equipamentos de 2,5 GHz, o que, pelo que disse o presidente da Anatel, deve acontecer no próximo mês".
Ouça a entrevista com Leila Loria no site TELETIME.
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