Net terá piloto de VOD em 2009

André Guerreiro, diretor de intelegência de mercado da Net Serviços, afirmou nesta quarta, 17, durante o Congresso TV 2.0, promovido pelas revistas TELA VIVA e TELETIME em São Paulo, que a operadora iniciará um projeto piloto de oferta de serviço de video on demand (VOD) em 2009. Sem revelar detalhes do projeto, ele contou que os testes serão feitos com um número reduzido de assinantes, aproximadamente 500.
"Todas as operadoras do mundo têm oferta de video on demand", disse Guerreiro, usando os números do pay-per-view para justificar as apostas na oferta de conteúdo mais personalizado: 15% de assinantes da base endereçada da operadora, por exemplo, costuma pagar para assistir futebol. Ele ressaltou, entretanto, que ainda existem dúvidas sobre o melhor modelo a ser explorado e as formas de rentabilizar. Ele disse também que a Net terá plataformas de VOD tradicionais e não fará o serviço por meio apenas dos set-tops que têm DVR e porta de conexão IP.

Videon

Julio Freiras, gerente de vídeo e comunicação da Brasil Telecom, esteve com Guerreiro na apresentação sobre "TV por assinatura 2.0" e também falou sobre a intenção de expansão do Videon, serviço de VOD lançado a um ano pela tele e restrito aos moradores de Brasília. "A expansão depende de inúmeras variáveis, inclusive regulatórias", disse.
Os R$ 29,90 de mensalidade dão ao assinante acesso a 80% do conteúdo ofertado. Os outros 20%, o conteúdo premium, fica disponível mediante pagamento adicional, que varia de R$ 8,80 (conteúdo adulto) a R$ 1,90 (filmes de catálogo). Assim, de acordo com Freirias, foi possível chegar a um público de perfil variado. "Temos na base de assinantes desde pessoas que têm TV por assinatura em casa e querem mais uma opção a assinantes que nunca tiveram pay-tv, mas vêm no video on demand uma opção atrativa e competitiva, que substitui a pirataria", observou. Ele reconhece que a base ainda é pequena e pouco expressiva, mas já permite algum entendimento sobre o uso futuro do serviço.
Neste primeiro ano de mercado, Freiras avalia que o desempenho do serviço atendeu as expectativas da tele. A experiência forneceu também algumas informações sobre o consumo de VOD. Segundo a experiência da empresa, o ato de zapear em busca da programação é muito semelhante ao da televisão. Em média, 35% dos programas são assistidos integralmente e 34% das atrações são vistas no máximo 10% do tempo.
Outro dado curioso da pesquisa é que, ao contrário de estudos internacionais que mostram que o conteúdo adulto é um dos mais requisitados nos serviços de VOD, no Videon ele fica com 4% do consumo. A liderança de consumo fica com o conteúdo infantil (36%), seguido de filmes (32%) e música (24%).
Segundo Freirias, o desafio para empresas que oferecem VOD é encontrar modelos de negócio competitivo e atraente para os fornecedores, ganhar escala e oferecer novos pacotes de conteúdo.
Uma diferença nas visões da Brasil Telecom e da Net sobre video-on-demand é que a Net vê as plataformas de entrega de conteúdos não-linear, como VOD, como uma onda que virá depois da alta definição. Para a Brasil Telecom, é o contrário.

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