A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), juntamente com 31 universidades públicas federais, assinaram nesta terça-feira 17, acordos de cooperação que permitirá a operação de 72 novas emissoras de rádio e TV.
As universidades federais operam, atualmente, cerca de cinquenta estações. A maior parte delas integra a Rede Nacional de Comunicação Pública, que conta com 109 emissoras de rádio e de TV no país. Considerando as 100 novas estações em potencial, será possível quase triplicar o número de emissoras operadas por universidades federais — bem como mais que dobrar a rede pública de rádio e, ainda, aumentar significativamente a de televisão.
A presidente da Andifes e reitora da Universidade de Brasília, Marcia Abrahão destacou que essa parceria é uma honra para a Andifes. "Nós prontamente aderimos ao chamamento porque entendemos como é importante levar comunicação de qualidade com informações verdadeiras. Ainda mais na atual conjuntura que vivemos", disse a reitora da UnB.
Na sua avaliação, além de informar sobre as pesquisas desenvolvidas pelas universidades, esses canais também servirão para combater as noticias falsas, chamadas fake news. "Por isso, nossas universidades tem tanta credibilidade perante a sociedade. Isso é uma forma de valorizar a universidade perante a sociedade", disse Abrahão.
O presidente da EBC, Hélio Doyle, que é professor aposentado da UnB, disse que com a assinatura dos termos de consignação de hoje, a EBC passa a contar com 91 emissoras de rádio e 108 emissoras de TV. Também lembrou que atualmente, a TV Brasil está presente em todas as capitais brasileiras. "As universidades brasileiras já possuem uma rede de TVs com programação própria. Nossa parceria envolve projetos de engenharia, visibilidade nacional para os conteúdos produzidos por essas emissoras", disse Doyle.
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, disse que essa parceria traz além de caráter informativo, conteúdos sobre as pesquisas das universidades e conteúdos locais. "Essa é a forma que encontramos de fortalecer a rede de comunicação pública", disse Filho.
Outro ministro que participou da solenidade foi Camilo Santana, da Educação. "100 novas emissoras que fazem a parte da rede pública de rádio e TV. Esses canais são instrumentos para combater a desinformação. E dessa forma, também estamos reconhecendo o trabalho das universidades", afirmou o ministro da Educação.
O ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom/PR), Paulo Pimenta, lembrou que as universidades federais sempre estiveram na vanguarda as comunicações no Brasil, e que elas são importantes para a formação de profissionais e qualidade do ensino no Brasil. "Com esses novos canais, teremos mais qualidade nas informações e na divulgação científica", disse o ministro da Secom.
A intenção parece boa, no caso: combater as "fake news", mas será mesmo que parece um bom investimento de tempo, recursos e esforços das Ifes se utilizarem exatamente desses canais pra isso? Não estariam a TV e a Rádio passando por uma momento de decadência? Quem vai assistir essas informações? É realmente tangível isso? Esses veículos são muito caros e talvez não justifica o investimento em contrapartida ao alcance de público. Vamos pensar e analisar mais um pouquinho! Por favor!