O Território Katu Digital, projeto de formação audiovisual teórica e prática, com instalação de um núcleo de equipamentos (câmera fotográfica, lentes, gravador, som, drone e acessórios), realização de um filme e seu lançamento, começou em maio deste ano e segue com suas atividades direcionadas aos potiguaras da comunidade indígena do Katu em Canguaretama, Rio Grande do Norte.
Depois das primeiras atividades e oficinas, realizadas entre maio e junho, os alunos do Projeto Território Kaut Digital desenvolveram um filme, em formato de curta-metragem, na primeira semana do mês de julho. Neste processo de aprendizagem, entre pré-produção e filmagem, vivenciaram experiências práticas de concepção, produção e gravação. Com isso, construíram um entendimento mais sólido de como funcionam os mecanismos cinematográficos.
Depois da realização do curta-metragem, o calendário segue com novas atividades, como a Oficina de Edição e Finalização, com Wallace Santos, que oferecerá aos alunos uma formação básica nos programas de edição, utilizando o próprio computador e ilha de edição adquiridos exclusivamente para o projeto, e a Oficina de Produção e Desenvolvimento de Projetos, ministrada por Arlindo Bezerra, que apresentará um panorama sobre os aspectos da produção em cinema e as diferentes funções.
O cronograma encerra com um planejamento, entre equipe do projeto e alunos, sobre o lançamento do filme na comunidade com uma exibição especial. Na sequência, a ideia é que o curta-metragem participe de outros eventos, como festivais de cinema, exibições em escolas, internet, entre outras possibilidades. Os 15 alunos da comunidade selecionados para a formação do Núcleo de Cinema recebem uma bolsa mensal para contribuir em sua renda ao longo do processo formativo. Ao final do projeto, os equipamentos serão doados para a comunidade e ficarão à disposição dos jovens para que possam produzir e construir novos desdobramentos e narrativas.
Idealizado pela produtora BOBOX Produções, em parceria com a ORI Audiovisual e o Cacique Luiz Katu (liderança indígena da comunidade), o projeto tem patrocínio da Neoenergia COSERN e Instituto Neoenergia através do Programa Câmara Cascudo e Governo do Estado do Rio Grande do Norte.