Produção para plataformas digitais exige esforço de cocriação do anunciante ao editor

"Vivemos um momento de mudanças na produção, na linguagem e no formato do conteúdo. As marcas, as agências, as produtoras e os próprios talentos têm dificuldade em entender esse momento", diz Vanessa Oliveira, diretora de projetos da Viu, unidade de conteúdo digital da Globosat. Para a executiva, todos os elos precisam estar em sintonia na criação de conteúdos digitais para marcas, mas também, cabe aos produtores do conteúdo mostrar que o modelo de produção tradicional, com diversas câmeras e de alto custo, nem sempre é o ideal no conteúdo digital.

"O cliente pode exigir uma qualidade técnica que às vezes não faz sentido. Muitas vezes, uma GoPro faz mais sentido que cinco câmeras", diz. "Mas há uma questão em relação ao mindset: muitos talentos e produtores têm receio em sair da zona de conforto", completa.

Segundo Vanessa, do anunciante ao editor final do vídeo, todos devem participar da criação do conteúdo e estar abertos à cocriação. Um talento da Internet, por exemplo, não vai aceitar apenas um texto pronto. Ele vai colocar a sua linguagem. Um editor também vai colocar a sua visão. São, portanto, três camadas de criação que não se sobrepõem: roteiro, elenco e edição. "Aquela coisa da divisão em caixinha – em que um cria, outro grava e outro corta – não existe mais", diz.

Na foto acima, Vanessa Oliveira e Paulo Daudt Marinho.

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