Investidores desistem de investir em TV paga

Dois importantes grupos de investidores norte-americanos resolveram não mais apresentar proposta na atual disputa por licitações de TV por assinatura. Um deles apenas manterá sua posição acionária em um dos grupos já em operação. "O problema é que nos próximos oito meses, pelo menos, não conseguiremos fazer dívida no exterior em condições decentes", diz um dos principais executivos do grupo. Por condição decente ele entende os 13% de juros mais os 7% de variação cambial do endividamento em dólar antes da crise detonada em outubro. "No momento, esse custo está entre 33% e 40%. De acordo com o mesmo executivo, "se nos endividássemos dentro dessas taxas, teríamos que reduzir drasticamente nossa oferta pela outorga, o que poderia eqüivaler, de qualquer forma, a perder a chance". Seu grupo, acrescenta, preferiu então comprar licenças "mais na frente", prevendo que muitos dos ganhadores vão ter que chamar novos sócios para dar conta dos investimentos. Outro grupo de capitais estrangeiros que abandonou o setor acredita que, somente em Salvador, seria necessário algo entre US$ 20 milhões e US$ 25 milhões para pagar a concessão, comprar o equipamento e passar a rede de cabo em 10% dos domicílios (45 mil casas) no prazo de 18 meses. "Sem contar com os custos de marketing", acrescenta. "Apenas quem já pegou dinheiro lá fora antes, como a Multicanal, Globocabo ou TV Filme vai conseguir entrar nessas concorrências com mais fôlego.

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