Tráfego IP no Brasil crescerá abaixo do ritmo mundial em cinco anos

O tráfego IP dobrará entre 2016 e 2021 no Brasil, com uma taxa de crescimento médio anual (CAGR, na sigla em inglês) de 18% e atingindo 5,5 Exabytes por mês ao final do período, contra atuais 2,4 Exabytes/mês. A previsão é do levantamento Visual Network Index (VNI) da fornecedora Cisco divulgado nesta quarta-feira, 21, e complementa os dados globais do estudo divulgados no último dia 8 de junho. Porém, isso significa que o ritmo de crescimento do tráfego brasileiro será abaixo da média global, que será de três vezes o registrado em 2016.

Segundo a Cisco, o usuário médio brasileiro vai gerar 44,3 GB de tráfego mensais em 2021, o que significa um aumento de 88% em comparação aos 23,6 GB/mês em 2016. O CAGR é de 13% e considera o tráfego médio do usuário doméstico.

O percentual do tráfego Wi-Fi/fixo no Brasil cairá nos cinco anos de 57% para 53%. O responsável por isso será o aumento do consumo na rede móvel, que sairá dos 7% de participação atuais para 16% em 2021.

O VNI também destaca o avanço da tecnologia 4K em vídeo: 72,5% CAGR. As TVs com essa resolução serão 35% da base brasileira de telas planas em cinco anos, totalizando 17,2 milhões de aparelhos. Atualmente, as TVs Ultra HD são 6,1% dessa base, ou 1,1 milhão de dispositivos.

Crescerá ainda o tráfego de vídeo IP no País: 4,7 Exabytes/mês em 2021, contra 1,7 Exabyte por mês em 2016. Isso significa que o vídeo representará a grande maioria (86%) do total do tráfego IP no período no Brasil.

Em comunicado, o diretor do segmento de operadoras da Cisco no Brasil, Hugo Baeta, afirmou que rede e segurança serão essenciais para apoiar o futuro da Internet. Disse ainda que a empresa tem como prioridade "conduzir a inovação e evolução das redes e serviços junto com as operadoras para atender às demandas de seus clientes que esperam uma experiência com alta confiabilidade, segurança e qualidade". A previsão do índice se baseia na avaliação de analistas independentes e dados sobre uso de rede, além de estimativas da própria companhia para o tráfego IP e adoção de serviços.

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