Doc "Diário de Uma Onça" estreia dia 30 de novembro nos cinemas e 6 de dezembro no Globoplay

"Diário de Uma Onça", produzido por WCP em coprodução com Ventre Studio e Globoplay, narra a jornada verídica de três onças-pintadas através de uma perspectiva inédita: o relato em primeira pessoa. Intérprete de 'Juma' no remake da novela 'Pantanal', a atriz Alanis Guillen assume a narração do documentário e dá voz a Leventina, uma jovem onça-pintada que precisa se proteger de predadores e da ameaça humana. Fora esse advento da linguagem voice over, tudo no filme é real. O projeto será lançado no Brasil pela Boulevard Filmes no dia 30 de novembro nos cinemas, e estreia na plataforma de streaming da Globo em 06 de dezembro.

O Onçafari conseguiu, pela primeira vez na história, reintroduzir com sucesso o grande felino na natureza, e é através do trabalho dos biólogos dessa organização que o filme relata uma relação possível e harmoniosa entre onça e homem. Neta de Fera, a primeira onça resgatada e reintroduzida com sucesso em habitat natural no mundo, e filha de Ferinha, onça que é um marco na continuidade de sua espécie, Leventina vive em um território ameaçado pela mão do homem diante do progresso e alterações climáticas.

"Eu nunca tinha narrado nada, então fiquei muito empolgada e me perguntando como seria isso, qual voz eu daria para essa onça, se seria a voz da Alanis, de uma nova onça ou a da Juma. Então fomos encontrando a voz que pudesse contemplar a Leventina em cada momento da narrativa; os seus momentos de fúria, dificuldade, alegria, etc. Foram dias muito divertidos, e sempre vai ser emocionante pra mim trazer a história de uma onça e estar nesse cenário do Pantanal. Foi um desafio incrível", conta Alanis Guillen sobre o processo de narração e interpretação de Leventina, uma onça real que é a protagonista do filme. "Esse projeto traz o educativo e a informação por uma perspectiva profunda e empática, que gera a aproximação do grande público com essa história, essas personagens e essa realidade muitas vezes dura, mas que está acontecendo aqui na nossa frente; mas que nem sempre reparamos", complementa a atriz.

O longa, que contou com mais de 200 horas de material bruto filmado ao longo de três anos, é dirigido por Joe Stevens, reconhecido por seus trabalhos de nature documentaries como 'Earth at Night' (AppleTV+); Mario Haberfeld, ex-piloto de fórmula 1 e fundador da ONG Onçafari; e Fábio Nascimento, cineasta e fotógrafo documental.

Para o diretor Joe Stevens, "ser capaz de acompanhar de perto a vida de Leventina e sua família de onças na natureza nos deu uma oportunidade incrível e muito rara de contar sua jornada única e brilhante. Nunca vi uma história como essa. Através de centenas de horas de filmagens coletadas ao longo dos anos, surgiu um verdadeiro retrato de como é realmente a vida de uma jovem onça-pintada crescendo no Brasil – e o poder da história reside no fato de que podemos nos identificar com muitas das lutas e desafios que a Leventina enfrenta. Queríamos contar a história dela de uma forma que realmente tocasse o público brasileiro, celebrando o quão incríveis são esses animais e a vida selvagem do Brasil. Houve momentos em que realmente não sabíamos se Leventina sobreviveria… mas ela nos mostrou repetidamente como o espírito das onças pode ser resiliente".

'Diário de Uma Onça' teve grande parte das filmagens realizadas na reserva ecológica Caiman, no Pantanal Sul-mato-grossense, com grande apoio do Onçafari, que forneceu pesquisas e deu estrutura à equipe. Além disso, o filme contou também com o patrocínio responsável das empresas ISA CTEEP e FAIRFAX Seguros.

"Dirigir este filme junto com Joe e Mario me abriu portas para ver a complexidade e sofisticação das onças, entender como cada uma delas ali representa uma vitória para o trabalho daqueles que lutam pela sua sobrevivência. Pessoas como o biólogo Edu Fragoso (personagem coadjuvante no filme), colocam suas vidas à disposição desta batalha, entendendo que lutar por essa espécie é também lutar por tantas outras, é proteger biomas e, no fim, lutar por nós mesmos", reflete Fábio que passou meses no Pantanal filmando os felinos.

"Somos um estúdio independente que busca levar histórias brasileiras relevantes para um público local e internacional, e entendemos que o meio ambiente brasileiro é protagonista no debate global. A voz de Leventina nos proporciona algo raro; um olhar original e emocionante sobre uma realidade difícil que precisa ser adereçada", diz Giuliano Cedroni, um dos roteiristas do filme e um dos sócios do Ventre Studio.

A Associação Onçafari foi criada em 2011 para promover a conservação do meio ambiente e contribuir com o desenvolvimento socioeconômico das regiões em que está inserida por meio do ecoturismo, da educação ambiental, da atuação junto às comunidades locais e de estudos científicos. O Onçafari trabalha pela conservação da biodiversidade nos biomas Mata Atlântica, Amazônia, Cerrado e Pantanal, com ênfase em onças-pintadas, onças-pardas e lobos-guarás.

"Devido ao grande número de material, o nosso desafio era desvendar onde estava a história. Esse filme em particular tem duas linguagens que caminham em paralelo: uma linguagem documental mais clássica e uma, digamos, 'ficcional'. Dentro disso, nós fomos visionando e entendendo a curva dramática das nossas personagens e, a partir disso, a Bea materializou a narração da Leventina e ao mesmo tempo fomos construindo a história do Edu ao longo da narrativa…Esse é o grande 'barato' desse filme, essas duas linguagens construindo uma coisa única muito original", conta o montador Pedro Bronz.

"Para escrever sobre Leventina precisei me atentar aos detalhes da sua trajetória. Porém, dar voz a ela foi um outro desafio e de maior complexidade, pois não queria correr o risco de humanizá-la demais e romper com o seu lado fera. Não foram nas palavras que encontrei sua voz. Foram os sentidos, o gesto, o olhar, sua atenção e, acima de tudo, seu silêncio. Leventina me ensinou sobre as leis da vida diante de uma natureza implacável e, mais do que isso, me ensinou a desbravar e a resistir com coragem frente aos desafios diários de uma existência", relata Bea Monteiro, roteirista do filme.

Para além da narração em primeira pessoa, que exigiu um trabalho árduo e conjunto entre roteiro, montagem e direção, o documentário conta também com uma trilha sonora completamente autoral que se junta aos outros elementos do filme para emocionar o telespectador.

"Eu gosto muito do desafio de fazer música para documentários, pois requer a necessidade de um retrato fiel da realidade, ao passo que necessita de um equilíbrio das curvas narrativas e emocionais próprias do cinema. Esse projeto específico traz algumas questões únicas, como a brasilidade, que eu explorei através da viola caipira, interagindo com aspectos tecnológicos, através de uma sonoridade eletrônica. Então foi desse encontro entre a música de raiz brasileira, a música orquestral mais convencional e alguns elementos da música pop que nasceu a trilha dessa verdadeira 'epopeia da natureza', que foi executada brilhantemente com meu parceiro Vitor Zafer, e junto com toda a equipe da Ultrassom, em especial meu produtor assistente Rodrigo Custódio, que ainda compôs e interpretou a belíssima canção original que segue as cartelas de créditos finais", conta o premiado Ruben Feffer, que assina a trilha sonora do documentário.

Essa coprodução WCP, Ventre Studio e Globoplay estreia nos cinemas dia 30 de novembro, em comemoração ao Dia Nacional da Onça Pintada (29 de novembro), e logo na semana seguinte a obra chega à plataforma de streaming Globoplay (06/12).

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