O empresário Ricardo Bellino se define como “acelerador de pessoas”. A história da sua vida, bem como a explicação desse termo misterioso, estão no documentário homônimo lançado oficialmente nessa quarta-feira, 22, durante as programações do Gramado Film Market, dentro do Festival de Cinema de Gramado.
A obra produzida de forma independente narra a trajetória de Bellino – que passou por cargos na agência Elite Model, responsável pela descoberta da maior modelo brasileira de todos os tempos, Gisele Bündchen – e acumulou passagens curiosas, como um investimento do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em seu projeto de “acelerar pessoas”. A ação consiste em levar um grupo de pessoas comuns a um retiro na Itália, onde acontecem conversas e debates sobre propósito, futuro, objetivos e demais temas relacionados a crescimento pessoal e profissional.
O longa está sendo lançado no mercado por meio da Distribber, plataforma que se apresenta como uma “agregadora de distribuição de conteúdo”. O presidente da empresa, o norte-americano Jeff Berry, esteve presente no encontro em Gramado para apresentar a marca. Segundo Berry, a Distribber é uma das seletas empresas preferidas das principais plataformas de VOD – como iTunes, Hulu, Amazon, VuDu, Netflix entre outras – em termos de compra de conteúdo. “Além de fornecer acesso, nosso serviço inclui codificação, controle de qualidade e entrega. Tudo dentro de uma única taxa de 20 dólares mensais e de valores adicionais específicos de cada plataforma.”, explicou o executivo. “Nosso objetivo é garantir aos produtores os direitos e espaços relacionados a seus filmes, criando um novo sistema de economia.”, contou.
Na prática, o trabalho funciona assim: produtoras enviam seus filmes já finalizados para a Distribber e pagam uma taxa de US$19,99 pelo contrato. A empresa, então, oferece o conteúdo para as plataformas de VOD citadas acima e, para fechar a parceria, a produtora paga outro valor relacionado a plataforma em questão – que pode ser cerca de 350 dólares – mas, em troca, receberia na sequência valores vindos da receita e dos direitos da obra. “Nossa empresa surgiu para dar aos cineastas o controle sobre seus filmes.”, definiu Berry. O executivo garantiu ainda que a taxa de sucesso de entrega, ou seja, a porcentagem de vendas de conteúdo para o VOD, é de aproximadamente 96%. “Até hoje, já vendemos 800 filmes para a Netflix. Nossa relação com ela e com a Amazon é ótima.”, declarou. O presidente afirmou ainda que eles oferecem aos diretores e produtores total transparência de resultados, tirando todos os processos burocráticos entre produção e distribuição. “Mas apesar de trabalharmos duro, a palavra final ainda é das plataformas, que são bastante seletivas.”, pontuou o diretor.
Por fim, fica o caminho para os brasileiros interessados em contatar a Distribber: os projetos, já finalizados, devem ser cadastrados pelo site da plataforma, que pede o link, trailer, conteúdos de divulgação como pôster e cartaz, além do arquivo de legendas ocultas – estas, são obrigatórias, uma vez que a ideia é vender os conteúdos inicialmente nos EUA e no Canadá. Para quem não tem legendas ocultas, a plataforma oferece serviços de criação de legendas para filmes, curtas e séries de TV – depois de fazer o pedido inicial, um gerente de projeto designado fornece detalhes do processo. No site, há ainda uma página específica com as principais dúvidas e detalhes em relação ao formato de arquivo estabelecido para envio de produções. (* A jornalista viajou a convite do evento.)