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Câmara debate TV digital, mas deputados não comparecem

Baixíssima presença de deputados e autoridades e nenhuma colocação diferente dos debates já feitos sobre o assunto. Esse foi o saldo da audiência pública realizada nesta quarta, 24, pela Comissão de Comunicações da Câmara dos Deputados para discutir a adoção de um padrão de TV digital no Brasil.
Para o superintendente de comunicação de massas da Anatel, Ara Apkar Minassian, que falou aos deputados, até por influência dos testes brasileiros dos padrões tecnológicos "que estão sendo divulgados em todo o mundo", os padrões de TV digital como um todo estão evoluindo positivamente. Minassian lembrou que até julho a agência coloca em consulta pública a proposta de modelo de negócios para a TV digital. Na próxima semana, a agência deverá finalmente contratar a consultoria que vai elaborar as propostas de contrapartidas econômicas a serem negociadas com os governos dos países ou bloco de países que desenvolveram as tecnologias digitais.
O representante da Abinee, Marco Aurélio Rodrigues, disse aos deputados acreditar que, a médio prazo, todos os padrões de televisão digital atualmente existentes deverão sofrer desenvolvimentos que os tornarão equivalentes. Mas lembrou que, a curto prazo, a decisão vai implicar investimentos e, portanto, o País terá que avaliar as vantagens imediatas da escolha do padrão. "Acredito que é melhor uma sólida negociação que uma rápida conclusão do negócio", disse Rodrigues.

Cliente paga a conta

O presidente da Eletros, Paulo Saab, ressaltou que o consumidor é quem vai pagar a conta da mudança tecnológica, e portanto precisa ser avisado disso: "Existem hoje no Brasil 56 milhões de televisores em 41 milhões de lares, o que representa 1,36 televisor por domicílio. Na medida em que há um potencial de 2,5 televisores por domicílio, pode-se verificar a enorme possibilidade de crescimento da indústria de televisores no país", disse.
Para Miguel Cipolla, diretor de tecnologia da TV Bandeirantes, que falou em substituição a Johnny Saad e em nome da recém-idealizada Unert (União Nacional de Emissoras e Redes de Televisão), as empresas de radiodifusão terão que investir certa de US$ 1,6 bilhão para mudar os seus equipamentos de transmissão. Deste valor, a entidade considera que pelo menos US$ 1,2 bilhão poderão ser comprados no mercado nacional se houver uma correta definição da produção industrial brasileira após a definição do padrão. Pelos altos custos do projeto, o representante da nova entidade de radiodifusores acredita que ainda não é momento de decidir o padrão de televisão digital. Cipolla manifestou sua preocupação com as pequenas emissoras regionais.
Para audiência pública foram convidadas 12 pessoas, inclusive três ministros, e o presidente em exercício da Anatel, Antônio Carlos Valente. Nenhum dos ministros compareceu, e representando a agência compareceu o superintendente de comunicação de massa, Ara Minassian. Falaram ainda na audiência Helio Graciosa, presidente do CPqD; Fernando Bittencourt, representando a Abert e; Roberto Franco, vice-presidente da SET.

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