Após lançar em fevereiro uma rede FTTH na cidade mineira de Uberlândia e oferecer velocidades de até 1 Gbps utilizando GPON ou através de links de fibra dedicados, a Algar Telecom (antiga CTBC) se prepara agora para atualizar a rede de sua operação de TV a cabo.
Segundo o coordenador de produtos da Algar Telecom, Aldebaran de Oliveira Isac Moraes, a rede híbrida de fibra óptica e cabos coaxiais (HFC) da empresa ainda tem sua camada de dados no padrão DOCSIS 1.0 e está limitada a oferecer a velocidade máxima de 2 Mbps. "Estamos em fase de montagem de uma RFP para aquisição de novos CMTS e consideraremos adotar o DOCSIS 3.0 para ter oferta de grandes velocidades. É a tendência para redes HFC", afirma Moraes.
Atualmente, cerca de 60% da planta de banda larga da Algar usa ADSL2+, 35% ainda estão com ADSL e 5% têm VDSL disponível. "A rede FTTH tem participação muito pequena. Estamos com GPON hoje em dois condomínios e acabamos de lançar os links dedicados comercialmente. Estamos em fase de ativação dos primeiros clientes", conta o executivo.
Para Moraes, fornecer ultravelocidades é simples; demanda investimentos, claro, e que precisam ser amortizados. "O grande problema é como encher esse tubo", ressalta. Video on-demand (VOD) e locação eletrônica de filmes estão entre os serviços que a Algar estuda colocar nessas redes de wideband em breve, utilizando, inclusive, a licença de TV a cabo que detém em Minas para oferecer outros pacotes de vídeo em IPTV.
"Acredito que o cliente médio ainda não percebe o valor na banda larga de ultravelocidade. Hoje a maioria de nossos clientes têm conexões abaixo de 2 Mbps e os heavy users estão começando a migrar agora para velocidades de 4 ou 10 Mbps", revela. A Algar oferece velocidades de 250 kbps, 500 kbps, 1 Mbps, 2 Mbps, 4 Mbps, 10 Mbps, 15 Mbps e 20 Mbps.
E para as redes de acesso de cobre, a Algar está testando o bonding de VDSL2, que nada mais é do que unir dois acessos em um mesmo modem. "Estamos finalizando os testes, iniciados no final do ano passado, e a previsão é de lançamento comercial de velocidades de 20 Mbps a 100 Mbps no segundo semestre.
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