Através de liminar, o canal Climatempo conseguiu ser mantido na lista de "canal brasileiro de espaço qualificado programado por programadora brasileira independente". Carlos Magno, presidente da empresa, explica que, ao ser retirado da lista neste momento de adequação dos line-ups por parte das operadoras, o canal havia perdido sua capacidade de negociação.
Segundo ele, o que levou à desqualificação do canal como apto a cumprir a cota de programação de canal brasileiro independente, segundo o estabelecido na Lei 12.485, não foi a quantidade de conteúdos nacionais e produzidos por produtora independente em sua grade, mas dúvidas em relação ao modelo de negócios e à viabilidade econômica do canal.
"Vimos que havia dois pesos e duas medidas, uma vez que canais que sequer existem estão na lista de canais qualificados a cumprir a cota, enquanto o Climatempo, um canal com 12 anos e que há dois anos investe para se qualificar, foi retirado da lista", explica Magno. "É estranho exigirem documentos que comprovem a viabilidade econômica do canal. A Lei (12.485/11) foi criada justamente para dar viabilidade econômica aos canais brasileiros", completa o empresário.
Com a liminar, diz Carlos Magno, o canal volta a poder conversar com as operadoras. "Com as cotas, as operadoras têm que remanejar os line-ups. Não há espaço para muito mais canais", lembra, destacando que os contratos do canal com as duas maiores operadoras venceram recentemente e estão prorrogados até que se definam os novos line-ups. "O Climatempo poderia desparecer se a Justiça não agisse rapidamente".
