Cerca de 250 profissionais do setor estiveram presentes no seminário promovido pela Abraforte (Associação Brasileira dos Fornecedores de Televisão por Assinatura) realizado neste dia 27, em São Paulo. Entre os debatedores, Fernando Fortes (da Fortes & Associados), Walter Tassi (da T&P Cabo e Televisão) e Alexandre Annenberg (da TVA Networks) criticaram alguns pontos das minutas do Minicom. "Parece até que o ministério não tem pessoal especializado em normas", afirmou Fortes, que classificou de "ilegal" a pontuação negativa para a propriedade cruzada. Segundo ele, isto não está previsto na Lei do Cabo nem na norma complementar. Annenberg disse que, com tantos problemas nos editais, "parece que há uma vontade enorme para se adiar o processo". Outras críticas de Annenberg: a obrigatoriedade de se cabear 90% da área de concessão e a falta de clareza de valores no plano de mercado. Walter Tassi acredita que em novembro devem estar saindo os primeiros editais. A Abraforte, que vem dando apoio às operações sem licença do Minicom, propôs uma reunião com a ABTA para discussão do tema a fim de se chegar a um possível consenso. A ABTA é contra a existência de operações sem concessão. A Abraforte anunciou ainda que vai instalar duas câmaras setoriais de discussão: uma voltada à tecnologia e outra à programação, esta última de muito interesse aos produtores independentes.