Canal de esportes pan-regional é difícil

A reportagem publicada esta semana na Gazeta Mercantil sobre os planos do grupo Hicks, Muse, Tate & Furst para o segmento esportivo brasileiro dá como certa a criação de um canal esportivo pan-regional entre o grupo texano e a Globosat. No entanto, analistas próximos às partes consideram praticamente impossível a viabilidade do projeto. O grupo Hicks está usando o seu poder sobre o Corinthians que, ao contrário dos outros 15 participantes do Clube dos 13, ainda não assinou o contrato com a Globosat para exibição dos jogos entre estes times e criação de um canal de futebol nacional. A ausência do Corinthians poderia mandar este projeto por água abaixo. Mesmo assim, a Globo, segundo os analistas ouvidos, considera que o projeto de um canal com o Hicks na América Latina traria muito mais benefícios aos texanos e muito mais esforço (e investimentos) aos brasileiros. Em outras palavras, a Globo não quer o canal pan-regional, garantem fontes bem informadas. E como o canal de futebol nacional da Globosat ainda está sendo formatado, os principais jogos já são transmitidos pela TV aberta e tudo pode mudar a partir do ano que vem, com a entrada em vigor da Lei Pelé, a moeda de troca do Hicks para o acordo (a assinatura do Corinthians) pesa muito menos do que parece. Outro comentário corrente diz respeito à saturação do mercado brasileiro no que se refere a canais esportivos. Atualmente são quatro: SporTV, Premiére (pay-per-view da Net), ESPN Brasil e ESPN. Destes, as operações Net têm três (exceto o ESPN Brasil). Não haveria lugar para mais um, ainda mais com o espaço (crescente) que a TV aberta dedica ao segmento esportivo. E mesmo que tivesse que colocar mais um canal no ar, o primeiro da fila seria o Fox Sport, que está prometido para entrar nas operações Net há anos. Globo e News Corp. (proprietária da Fox), são sócias no DTH Sky.

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