Colômbia não vê necessidade de cota de tela por enquanto

Em 2003, foi publicada na Colômbia a Lei do Cinema, cujo objetivo é fomentar a produção cinematográfica nacional. A lei prevê a regulamentação de uma cota de tela para filmes colombianos nas salas de cinema, o que até o momento não foi feito. A diretora nacional de cinematografia do Ministério da Cultura da Colômbia, Adelfa Martínez, entende que não há necessidade de se criar uma cota de tela porque os exibidores colombianos estão efetivamente incluindo filmes nacionais em suas salas. Isso acontece porque a exibição de obras nacionais os exime do pagamento de uma taxa, que é cobrada apenas para filmes estrangeiros, explica Adelfa, que participou nesta segunda-feira, 28, do Seminário Internacional de Políticas Públicas de Financiamento do Audiovisual, no Rio de Janeiro.

Desde a publicação da Lei do Cinema, a produção cinematográfica colombiana vem crescendo junto com seu público. O auge foi em 2006, quando os dez filmes colombianos que estiveram em cartaz reuniram 2,8 milhões de espectadores, o que representou 14% do total naquele ano. Em 2011, a expectativa é de que o cinema nacional some cerca de 3 milhões de espectadores em um total de aproximadamente 38 milhões, disse Adelfa.

A dirigente se queixou da distribuição de salas de cinema na Colômbia, que classificou como "patética" por se concentrar demasiadamente nas quatro maiores cidades do país. Ao todo são 633 salas, das quais 182 são digitais.

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