Warner apresenta "Mal Me Quer", sua primeira produção original brasileira de comédia

Na próxima quinta-feira, dia 7 de fevereiro, às 19h35, a Warner estreia sua primeira série original brasileira de comédia. "Mal Me Quer" é uma coprodução com a Boutique Filmes, sob a direção de Ian SBF, com criação e roteiro de Ana Reber e Rodrigo Castilho e produção executiva de Tiago Mello.

A primeira temporada, composta de seis episódios de 30 minutos cada, conta a história do casal Marcel (Felipe Abib) e Olivia (Julia Rabello). Pais de três filhos e com problemas financeiros, os dois se encontram diante de uma possível falência e, a partir daí, cogitam se divorciar para salvar seus bens. "Rodrigo e eu sentamos para discutir o tema casamento. Queríamos uma série que falasse sobre o que é estar casado, quais são as dificuldades. Foi aí que chegamos a essa ideia e pensamos como seria divertido se as pessoas pudessem experimentar o divórcio sem, de fato, passar pelos problemas reais envolvidos nisso.", conta, em entrevista exclusiva, a criadora e roteirista da série Ana Reber. "Descobrimos que isso de separar para salvar os bens existe mesmo, tem muita gente que adota essa medida quando não vê outra solução. É um ângulo diferente para falar de casamento.", aponta.

Sobre suas inspirações, Ana diz gostar muito de "Modern Family" e ter se norteado um pouco a partir daí para fazer "Mal Me Quer". "Apesar de trazer essa estrutura e dramaturgia sólidas, a nossa série tem características muito brasileiras. E estar na grade da Warner, com títulos tão fortes de comédia, entregando esse 'tempero' brasileiro, é um desafio muito legal.", declara. Lembrando ainda que a produção traz a assinatura de Ian SBF, do Porta dos Fundos, na direção. "O Ian tem uma noção de humor muito forte e que vem da internet, é uma pegada diferente. Ele tem um timing que contribuiu muito para o projeto.", elogia Ana.

A criadora e roteirista discorre ainda sobre o atual momento das produções de séries do Brasil e revela uma visão otimista diante do cenário. "Estamos formando um público que, apesar de assistir muita coisa de boa qualidade vinda de fora, tem vontade de se identificar com o que vê na tela. Nosso mercado está se consolidando com força e acredito que temos muita história pra contar – coisas pra serem ditas pro Brasil e pro mundo – como nossa cultura, nosso modo de ver a vida, nossos pontos de vista.", afirma. "Além disso, eu vejo uma valorização cada vez maior do autor, o que pra mim é muito importante. Diferentemente de um longa, em uma série a única pessoa que domina todo o conteúdo é o autor. E a Boutique Filmes é pioneira nessa estratégia de colocar o autor da série de ponta a ponta dentro do processo. O autor podendo acompanhar traz cada vez mais qualidade ao material e fidelidade ao que foi pensado inicialmente. Fazer série é igual receita de bolo: precisa seguir à risca.", acrescenta.

Hoje em dia, é raro uma série chegar à TV ser ter suas próximas temporadas já engatadas de alguma maneira. Sobre o assunto, Ana não titubeia: "Tenho mais umas três ou quatro temporadas criadas. É claro que dependemos da audiência, do canal, da produtora. Mas garanto que temos muita história para contar.", finaliza.

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