Apenas uma pequena parte do gasto de mídia Internet é calculado, diz Y&R

O vice-presidente de estratégia e inovação da agência Young & Rubican, Walter Longo, confrontou nesta quarta-feira, 2, durante palestra no evento de mídias digitais Proxxima, a medida utilizada para mostrar qual a participação da Internet no faturamento de mídia. Segundo Longo, está surgindo um novo jeito de veiculação, que é o "private label media", que corresponde a ações como advergames, sites próprios, aplicativos para iPhone entre outros. "Existe esse orçamento escondido que está crescendo. Cresceu de 58% do total dos gastos na Internet para 62%", disse.
Os 38% restantes ainda incluiriam os links patrocinados. "Assim, o que tem sido avaliado é provavelmente 10% do mercado, e é comparado com TV, jornais e outras mídias tradicionais", diz, lembrando que esse restante que é analisado é o que responde a 4,8% de participação no bolo publicitário, segundo o Projeto Intermeios.
Ele lembra ainda que as pessoas ainda não entenderam o tamanho do problema quando o assunto é mídia digital e que os números – inclusive essa conta sobre a quantificação da mídia digital – não deve ser o principal driver para certas ações. "Só nos preocupamos com questões táticas que inundam a rotina cotidiana", disse. "Enquanto a Internet vai pelo elevador, os anunciantes vão pela escada", analisa.
Ele lembrou do caso do carro Mini, que já tem pré-reservas antes mesmo do seu lançamento no País. "Se o target é um pessoal 'cool', é preciso penetrar em ambientes desse tipo. Tenho que me basear em intuição e definição de target. Mas nunca vou saber se o que realmente impactou o consumidor foi essa ou a outra mídia".
Longo diz ainda que não recomenda tirar todas as verbas das mídias tradicionais, uma vez que elas ainda são efetivas para atingir público massificado. "No entanto, todo o dinheiro que eu ganhasse, investiria na mídia digital. É lá que mora o futuro".

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