Associação divulga codificação internacional para audiovisual

Patrick Attalah, presidente e diretor de gerenciamento da Agência Internacional do Isan (International Standard Audiovisual Number), situada em Genebra, na Suíça, esteve na sede paulista da Associação Brasileira de Música e Artes (Abramus) para divulgar entre representantes da indústria audiovisual o seu produto: uma codificação internacional para identificação de obras audiovisuais desenvolvida pela ISO (International Standard Audiovisual Number) cujas principais propostas são o combate á pirataria e a facilitação do pagamento de direitos autorais.
"O retorno do mercado brasileiro à nossa proposta tem sido positivo. Agora temos um longo trabalho pela frente porque esta é uma ferramenta que envolve produtores, diretores, roteiristas, atores e broadcasters. Todos precisam estar conscientes das vantagens do código para que ele no futuro seja tão natural quanto o ISBN é para o mercado de livros. È esse o nosso objetivo", observa Attala, acrescentando que o código também é interessante para os institutos medidores de audiência. "Com o ISAN, eles conseguirão mensurar a audiência de video on demand".
O código Isan é uma numeração para a identificação de obras audiovisuais, um código que só pode ser atribuído pela Agência Internacional ISAN ou pelas Agências de Registro. São 19 no total, sendo que a única na América Latina é a Abrisan (Associação Brasileira de Registro de Obras Audiovisuais), coligada à Abramus, fundada em março de 2007. Ao solicitar o ISAN, automaticamente é gerado um código de barras 2D que conterá todas as informações da obra e será gravado nas capas de CD/DVD ou na mídia gravada, daí a proposta de combate à pirataria. Também é necessário para a reprodução, réplica ou execução do Blu-Ray. Sem o Isan, a mídia não é lida pelo aparelho. Empresas como a Microsoft, Walt Disney, Discovery Chanel, Warner, Fox, Sony Pictures e HBO já usam a codificação.
Um dos pontos destacados durante a apresentação de Attalah é o potencial de ampliação comercial da codificação, já que ele pode ser utilizado no ambiente de e-commerce de audiovisuais para promover de forma cruzada o merchandising digital. Com o uso da nova tecnologia que está sendo desenvolvida, o Código de Barras HCCB, que poderá ser lido por telefones celulares e computadores, possibilitando a interação entre empresa e consumidor.

Direitos autorais

As informações da obra audiovisual codificada ficam em um banco de dados internacional que pode ser acessado por uma sociedade de gestão coletiva. Assim são identificados os detentores dos direitos autorais da obra para que o pagamento seja feito. "Sabemos que há muitas obras brasileiras sendo executadas no exterior sem que seus autores recebam por isso. A Abramus se propõe a usar o conhecimento que tem como sociedade autoral da área de música para fazer a gestão coletiva para o audiovisual, mas precisamos que os profissionais do setor nos autorizem a fazer isso", diz Mônica Frese, gerente geral a Abrisan. A sociedade tem atualmente 15 afiliados, entre eles, a Rede Record que já codificou duas novelas.

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