Nova temporada de "Buscando Buskers", do Arte1, dá mais espaço para as histórias de vida dos artistas

Libna Winnie é destaque na estreia de "Buscando Buskers – Som e Afeto" (Foto: Divulgação/ Arte1)

Estreia no Arte1 nesta sexta-feira, dia 3 de maio, às 19h, a nova temporada de "Buscando Buskers – Som e Afeto", que dá protagonismo aos artistas de rua. O projeto mergulha nessa trilha sonora urbana permeada por rock, rap, samba, MPB e até mesmo circo e teatro de rua. Em cada programa, é apresentado o trabalho de um artista diferente, destacando não apenas sua arte, mas suas origens e trajetória, para entender quem eles são. As cidades de São Paulo e Brasília serviram como cenário para as gravações. A terceira temporada de "Buscando Buskers", que traz cinco episódios inéditos, conta com curadoria, montagem e direção de Catarina de Castro. Já a direção geral é de Edu e Gab Felistoque, idealizadores da série. 

Os artistas que compõem essa temporada são: Libna Winnie, Guardanapos Poéticos e Sá Gabriel, Maraia Takai, Ju Maia e Verde Caffé. "A escolha de cada personagem teve como critério a qualidade musical e suas histórias de vida. Todos os artistas da série carregam consigo uma caixinha de surpresas quando abrem suas histórias carregadas de emoção, superação e afeto", falou a diretora Catarina de Castro à TELA VIVA. 

Com uma proposta diferente das outras temporadas, a escolha de cada personagem foi estudada para que haja uma amarra que transcende a arte, proporcionando um mergulho no pensamento de cada artista, explorando seus ideais, emoções e questões pessoais e provocando reflexões. "Através de uma câmera viva e uma abordagem intimista sobre questões delicadas – e muitas vezes polêmicas – essa temporada inédita fala além da música: ela ouve pela boca de seus artistas diversos relatos de uma trajetória que muitas vezes passa despercebida, mas que ao ser ouvida, faz o público se identificar com tamanha luta e resistência que há por trás desses músicos que fazem dos locais públicos seus palcos mais democráticos", analisou Castro. 

O diretor e idealizou Edu Felistoque contou ainda sobre a história da série, que teve início em 2015. "Andando na Avenida Paulista, ao mesmo tempo que feliz por estar passando por um leque incrível de artistas de extrema qualidade se apresentando, me deparei com um músico sendo oprimido por policiais – naquela época, apresentações musicais nas ruas não eram permitidas – um contraponto com o que o Gab (Felistoque, também diretor e idealizador) tinha presenciado na Europa. Lá existia e existe até hoje um respeito grande com os artistas que se apresentam nas ruas. Hoje, no Brasil, já estamos avançando com esse conceito. Boa parte da sociedade já admira e respeita esses artistas", observou. A partir daí, eles avançaram na ideia de documentar não só as apresentações com as canções autorais, mas também os pensamentos e formas desses artistas viverem de suas artes", completou o diretor. 

Particularidades da temporada  

Depois da primeira e segunda temporadas, Felistoque sentiu a necessidade de trazer um novo olhar para compor com as intenções para a série. Foi aí que Catarina de Castro entrou no projeto. "Ela propôs que a gente fizesse diferente e abandonasse um pouco alguns itens do nosso dogma, deixando tudo mais livre, para correr solto e sem amarras – começando pela curadoria, que já deitasse sobre o conteúdo das obras e não somente no estilo de vida, na qualidade musical autoral dos artistas", explicou. 

Segundo o diretor, Castro ainda inseriu uma espécie de "metalinguagem" aos episódios – outra coisa que não existia nas temporadas anteriores. "Ela trouxe para frente das lentes artistas que geralmente trabalham atrás das câmeras, como é o caso da turma do programa 'Jovens de Expressão', de Ceilândia, no Distrito Federal. O projeto forma técnicos e artistas na área das artes, principalmente no audiovisual. Jovens que já trabalham com a gente há um tempão, em longas-metragens como 'Cano Serrado' e 'Amado' e outras dezenas de peças audiovisuais. Esses, que trabalharam na técnica, também têm seus lados artísticos, e puderam mostrar um pouco dos seus talentos diante das câmeras e dos microfones na série". 

Por fim, Felistoque afirma que esses novos olhares acrescentaram muito e, ao mesmo tempo, a série não perdeu suas características originais e a missão de alcançar um grande público com uma linguagem fácil de consumir. 

As temporadas anteriores de "Buscando Buskers" já foram licenciadas para players como Sony, Paramount, Music Box Brazil e Now, entre outros. 

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