O Esporte Interativo anunciará nesta semana um canal voltado para região Nordeste do país, inspirado nas Regional Sports Networks dos Estados Unidos. O Esporte Interativo Nordeste deve começar sua operação em dezembro, já em alta definição, tendo em sua grade os jogos da Copa Nordeste e os estaduais da região. Já estão negociados os direitos dos campeonatos de Ceará, Alagoas, Sergipe, Maranhão, Piauí e Paraíba, por dez anos.
Segundo Edgar Diniz, presidente do Esporte Interativo, o canal supre uma forte demanda local pelo conteúdo regional, ao mesmo tempo em que se coloca como uma ferramenta de incentivo à assinatura de serviços de TV paga na região. "O torcedor nordestino é carente de notícias sobre o seu time. Desde o lançamento do Esporte Interativo, em 2007, estamos buscando uma forma de atender este público, que é mais apaixonado por futebol do que o brasileiro médio", explica Diniz. "Das dez maiores bilheterias (em estádios) do Brasil, seis são do Nordeste", completa Guilherme Lenz Cesar, diretor comercial do Esporte Interativo. Em 2014, mais de 200 jogos serão cobertos pelo canal. A primeira experiência do canal na região foi a transmissão da Copa Nordeste, em 2013. "Com a experiência, percebemos que poderíamos avançar mais na região", diz Diniz.
O canal já fechou contratos de distribuição com a Oi TV e a Cabo Telecom, de Natal. Segundo Diniz, por mirar uma base mais restrita, o preço do canal regional deve ficar um pouco acima do preço cobrado das operadoras pelo canal nacional Esporte Interativo, lembrando que este último conta com preço bem inferior ao valor de mercado de outros canais esportivos (o canal também está disponível gratuitamente no satélite). "O preço por assinante deve ser próximo ao preço cobrado pelos outros canais de esportes", conta. "Mas este canal será exclusivo da TV por assinatura, com seu conteúdo disponível em plataformas de TV everywhere no futuro, mas ainda exclusivo aos assinantes do serviço de TV", completa Guilherme Lenz.
Para o presidente do canal, o momento é propício para o lançamento, uma vez que o Nordeste é a região onde a o serviço de TV paga mais cresce e ainda tem uma penetração de 10%. "Acho que o canal vai ajudar muito as operadoras na atração de assinantes", explica Diniz.
Ele conta ainda que o canal investirá mais de R$ 100 milhões na região nos próximos seis anos. Além da cobertura dos jogos, o canal contará com uma estrutura jornalística e de produção na região, liderada pelo diretor de operações do canal regional, Bernardo Ramalho. A estrutura já está montada em três estados e estão sendo feitos testes de casting para recrutar os talentos locais que farão a pré e a pós cobertura dos jogos. Além disso, o canal já conta com estrutura comercial em quatro estados.
Futuro
O canal ainda estuda o investimento em direitos de outras modalidades esportivas na região. Além disso, pretende investir em categorias de base, sobretudo de futebol. "Mas isso ainda deve levar algum tempo. Temos que ouvir um pouco mais o público local e entender onde estão as demandas", explica Diniz.
Sobre a possibilidade de atuar em outras regiões no futuro, os executivos do canal desconversam: "Queremos viabilizar este canal e garantir que seja um sucesso no Nordeste".
