Presidente da Fundação Padre Anchieta ressalta imparcialidade e independência da programação da TV Cultura

Presidente da Fundação Padre Anchieta, José Roberto Maluf (Foto: Tela Viva)

Nesta sexta-feira, dia 5 de abril, a TV Cultura promoveu o "Cultura Market Day", um evento voltado à imprensa, mercado anunciante e parceiros para apresentar algumas novidades do canal para 2024 e dar início às comemorações dos seus 55 anos, que serão celebrados em junho deste ano. 

A apresentação foi comandada por Marcelo Tas, que está à frente do programa "Provoca". Tas anunciou o mote da emissora para esta nova fase – "O melhor é agora" – e ressaltou que a TV Cultura serve como modelo de TV pública não só para a América Latina, mas também para o mundo. "Ela tem uma trajetória que fala por si só. Que atravessa gerações. Somos marcados pelo ineditismo, mas também temos programas de sucesso que estão no ar há décadas e exibem poucas reprises. Como o 'Roda Viva', que está sempre se atualizando, atento ao que acontece no Brasil e no mundo. Estamos em 26 estados do Brasil, além do Distrito Federal, e temos 350 emissoras afiliadas. Somos TV, rádio e aplicativo de streaming, com o Cultura Play. Hoje, apresentamos ainda uma nova logo, que ainda possui a identidade clara e já reconhecida da TV Cultura, mas agora em uma versão mais atual", disse o apresentador em sua fala de abertura. 

Na sequência, o presidente da Fundação Padre Anchieta, José Roberto Maluf, aproveitou a ocasião para ressaltar que a TV Cultura atua seguindo os pilares de independência, pluralidade e imparcialidade. "Há 55 anos, a TV Cultura está nas mãos da Fundação Padre Anchieta, que é uma entidade de direito privado operando emissoras públicas", afirmou. Maluf destacou a importância de mostrar do que se trata uma TV pública. "Ela é operada por uma fundação de direito privado, mas mantém independência dos poderes constituídos e a imparcialidade na sua programação e no seu jornalismo. Isso não é sempre bem entendido. Ela não se confunde com a TV estatal e pertence ao Estado somente em termos", explicou. 

O presidente esclareceu: "A TV Cultura tem manutenção de 40% do seu gasto pago pelo Governo. Os outros 60% são os nossos executivos que buscam para pagar nossas despesas. A receita do Governo hoje corresponde à 100% da metade da nossa folha de pagamento – o resto, nós temos que ir buscar. É importante deixar isso claro". 

Em sua fala, o executivo ainda demonstrou entusiasmo com os avanços da TV 3.0 no Brasil, especialmente no que diz respeito a uma melhor experiência de consumo e personalização das propagandas, e expressou preocupação com a inteligência artificial. "Isso é ético? É legal? É juridicamente possível? Acredito que nos próximos 12 meses teremos respostas a respeito. Mas eu espero que o futuro da TV não seja substituir apresentadores por inteligência artificial". 

Por fim, Maluf adiantou que os próximos meses serão de novidades na grade da TV Cultura – para o segundo semestre, o destaque é o debate com os principais candidatos à prefeitura das principais capitais do País, marcado para o dia 15 de setembro. Em paralelo, a emissora fará eventos de comemoração aos seus 55 anos, como um concerto com a orquestra da favela de Heliópolis no Theatro Municipal, uma apresentação da Brasil Jazz Sinfônica no Ibirapuera e exposições sobre a rádio e a TV Cultura no Solar Fábio Prado, em São Paulo. 

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