Intervenção regulatória mínima é fundamental para o crescimento da TV paga, diz associação

O discurso da ABTA, associação que congrega as principais operadoras e programadoras de TV por assinatura brasileiras, adotou um tom de mínima intervenção na atividade econômica. Durante a abertura da ABTA 2014, que acontece esta semana em São Paulo, o presidente executivo da associação, Oscar Simões, destacou o crescimento da indústria nos últimos anos e a oferta de um conteúdo plural, diversificado e de qualidade para seus 19 milhões de assinantes, que devem chegar a 20 milhões até o final do ano.

Mas a ABTA foi dura ao criticar iniciativas regulatórias que, segundo a associação, representam um cenário menos favorável à expansão do mercado. Para a ABTA, para reverter a desaceleração da indústria é preciso investir em redes e em satisfação do cliente.

A ABTA ainda lembrou que as cotas de programação  incentivaram o surgimento de uma nova indústria de produçào audiovisual nacional, mas também implicou um aumento nos custos de programação. E destacou que, apesar de tudo isso, a TV paga brasileira segue sendo o serviço de telecomunicações mais bem avaliado pelos clientes e uma das mais baratas do mundo, em comparação com outros mercados.

Ofertas

O recado dado por Oscar Simões reverberou entre executivos da indústria. José Felix, presidente da Net Serviços, criticou a carga tributária e as exigências impostas na regulamentação de direitos do consumidor, especialmente a oferta de pacotes de maneira isonômica para todos os assinantes. "O que vai acontecer é que não vamos poder oferecer promoção para mais ninguém se a interpretação for mesmo a de que todo mundo tem que ter a mesma oferta". Para o executivo, a regulamentação da Anatel induz os operadores a maquiarem suas ofertas para conseguir mantê-las sem ter que levar para toda a base. "As empresas pdoem se tornar menos transparentes para não ter que suspender a oferta. Ou vão ter que parar de fazer as ofertas de uma vez", especulou.

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