Para Paulo Bernado em quatro anos 4G vai ser modalidade predominante de banda larga

Claro, Vivo, TIM e Algar assinaram nesta sexta, 5, os termos de autorização para uso da faixa de 700 MHz em cerimônia que aconteceu na sede da Anatel em Brasília, com a presença do ministro Paulo Bernardo. Na opinião do ministro, em quatro anos a tecnologia de quarta geração vai ser predominante na banda larga móvel.

“Eu aposto que em quatro anos o 4G vai ser a modalidade predominante de banda larga móvel. As empresas sabem disso e pagaram barato. Não que o 3G vá desaparecer, pelo contrário, vai ficar melhor, porque vai desafogar”, declarou o ministro.

Vale lembrar que o ministro Paulo Bernardo ainda não acertou todas as suas apostas sobre o desempenho do 4G. No lançamento dos serviços, em abril do ano ano, Bernardo e João Rezende, presidente da Anatel, fizeram uma aposta que o 4G ia terminar o ano com 4 milhões de acesso. Na verdade, esse número chegou a pouco mais de 1 milhão.

Além de previsões, o minstro aproveitou a ocasião para tecer elogios à Anatel, especialmente em relação ao trabalho de licitação da faixa que, como se sabe, envolve a saída da radiodifusão. Para ele, a Anatel conduziu esse processo “de forma primorosa”. “A Anatel fez um trabalho de engenharia, mas também de diplomacia. Nós tivemos disputa entre dois setores grandes. De um lado a radiodifusão, setor presente, onipresente, de prestígio, aguerrido”, enumerou.  “O setor de telecom  é dinâmico e tem crescido acima da média da economia e vai investir esse ano quase R$ 30 bilhões”.

Essa cifra, mencionada por Bernardo, não inclui os R$ 5 bilhões que as teles pagaram pela faixa. Até setembro, as teles investiram R$ 19 bilhões, o que foi 8% a mais em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o SindiTelebrasil. A tarefa de equilibar os interesses dos dois setores, para o ministro, foi como impedir a briga de dois elefantes. “Tenho conversado com os dirigentes dos dois setores e eles dão conta que isso foi muito bem conduzido”, disse ele.

Gired e EAD

Assinado os termos de autorização, Anatel e teles têm agora um prazo de 30 dias para constituírem o Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição e Digitalização (GIRED). Segundo o presidente da Anatel, João Rezende, o grupo será constituído em cerca de duas semanas. Depois da constituição do Gired, as teles têm mais 90 dias para criarem a Entidade Adminsitradora da Digitalização (EAD) que será a instância operacional de todo o processo.

Segundo apurou este noticiário, as converas para constituição da EAD estão sendo conduzidas, por enquanto, no nível mais elevado das operadoras, com o objetivo de criar uma empresa com o máximo de agilidade e eficiência e evitando qualquer tipo de influência política ou vazamento de informações.

Avalia-se, entre as empresas de telecomunicações, que a melhor forma de evitar a pressão política que as emissoras de TV tentarão colocar sobre os trabalhos da EAD é fazer com que ela seja "mais rápida que o GIRED", nas palavras de uma fonte das empresas.

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