Rede de homeshopping define mercado de mídia nos EUA

A decisão da Liberty Media de iniciar a reestruturação de sua rede de homeshopping QVC pode detonar uma série de mudanças em todo o mercado de comunicações norte-americano.
A Liberty tem 42% da QVC e a Comcast, maior operadora de cabo dos EUA, controla os outros 58%. A Liberty, entretanto, está pressionando a Comcast a comprar a sua parte. Caso a Comcast não aceite, a Liberty poderá então comprar a parte da Comcast. E se nenhuma das partes quiser comprar a companhia toda, as empresas poderão leiloar a QVC para uma terceira companhia.
É uma jogada clássica de John Malone, chairman da Liberty. Como a Comcast acaba de adquirir a AT&T Broadband, está em uma posição fragilizada e permanecerá assim por pelo menos mais um ano.
Com isso, a Liberty pode comprar a QVC por um preço muito mais interessante, mas se a Comcast decidir não abrir mão da QVC, precisará desembolsar perto de US$ 5 bilhões em favor da Liberty, que poderiam ser utilizados na compra da DirecTV.
Caso a Comcast não tenha todo esse fôlego, a Liberty tem a opção de vender a sua parte para uma terceira parte.
O coringa nessa história é a AOL Time Warner. Tanto a Liberty quanto a Comcast têm porções significativas da AOL e poderiam utilizar estas ações como moeda na transação da QVC. Isso significa ainda mais pressão (para baixo) nas já massacradas ações da AOL.
Já entre os possíveis candidatos à compra da QVC estariam a USA Interactive, controlada por Barry Diller, e a NBC.
A QVC está presente em 82 milhões de casas nos EUA e em mais alguns milhões de lares em outros países.

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