Wall Street está um pouco mais otimista com TV a cabo

Apesar dos maus resultados em bolsa, os analistas de Wall Street que participaram de debates nesta segunda, 6, durante a NCTA Cable 2002, em New Orleans mostraram otimismo com as operações de TV a cabo (o que não significa otimismo com os grupos de mídia controladores de algumas operações). Para Douglas Shapiro, do Bank of America Securities, um fator positivo para a indústria de TV a cabo é que o DTH está perdendo fôlego nos EUA, e as soluções de novos serviços oferecidas pelas operadoras via satélite (como Personal Video Recorders, PVR, ou acesso via DSL) estão mostrando fragilidade em relação aos produtos semelhantes das operadoras de cabo (VOD e cable modem, respectivamente). Para Lara Warner, do Credit Suisse First Boston, Wall Street está agora preocupada com dois indicadores das empresas de TV a cabo: redução da necessidade de Capex (gastos de capital) e crescimento do índice de free cash flow (FCF). Segundo a analista, estes indicadores ainda são ruins para a indústria de cabo, mas tendem a melhorar nos próximos anos. "Estes dois indicadores combinados mostrarão que as empresas de cabo conseguem viver por suas próprias pernas". O que preocupa ainda os analistas é o endividamento das empresas de TV a cabo, que é menor do que o das empresas de telecomunicações, mas mesmo assim é alto. Os operadores têm uma dívida total de US$ 75 bilhões nos EUA, o que dá uma média de 6,5 vezes o EBITDA total. "A melhora dos índices de cash flow vai tranqüilizar Wall Street", diz a analista.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui