Para aumentar a audiência, TV deve buscar fãs, diz YouTube

O chefe global de entretenimento do YouTube, Alex Carloss, fez nesta terça, 8, uma apresentação no MipTV, em Cannes, sobre a diferença que existe para uma marca entre ter audiência (público) e ter fãs, e como estes podem alavancar a resposta desta marca, especialmente um programa de TV.

Ele deu exemplos de como alguns programas estão usando o meio digital para se destacar. Lembrou que há alguns anos os talk shows noturnos da TV americana concorriam apenas entre si, e que agora disputam a atenção com todas as outras mídias. Por isso vêm criando clipes no YouTube, fáceis de compartilhar, que geram efeito viral e aumentam a relevância do programa.

A estreia de Jimmy Fallon no “Tonigh Show”, por exemplo, teve 10 milhões de espectadores na TV e 20 milhões no YouTube, conta. Outro apresentador, Conan O’Brian, já postou 3 mil vídeos e tem meio bilhão de views acumulados.

O mesmo vale para o cinema. Ele conta que o longa “Frozen”, da Disney, abriu em segundo lugar na bilheteria americana, e caiu de posição por seis semanas. Mas a Disney liberou o uso da canção “Let it Go” para que os fãs criassem seus próprios clipes, e isso alavancou o filme novamente para o topo da bilheteria, gerou um interesse renovado.

Além dos fãs revelarem novos talentos e promoverem as marcas, eles também rompem as barreiras geográficas. Carloss diz que a maioria dos acessos dos conteúdos mais populares vêm de fora de seus países de origem. É o caso do rapper coreano Psy, que teve 2 bilhões de views. Isso gerou um interesse pelo gênero K-Pop e hoje 91% dos acessos vêm de fora da Coreia do Sul. O pop coreano virou uma indústria de US$ 5 bilhões.

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