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Para Abrafix, "monopólio das fixas" a que Net se refere não existe

A Abrafix, associação que congrega as concessionárias de telefonia fixa, evita entrar em polêmica com a ABTA, associação das operadoras de TV paga, em relação à possibilidade de entrada das teles no mercado de TV por assinatura. Mas a Abrafix não gostou de ter sido chamada por Francisco Valim, CEO da Net Serviços, de "cartel". "Eu não sei exatamente como é que a ABTA funciona, mas tenho certeza de que a opinião da Net é a que mais peso tem dentro da associação", diz José Fernandes Pauletti, presidente da associação das fixas. "Nossa associação tem cinco participantes, que são as cinco concessionárias existentes".
Segundo Pauletti, a associação não vai entrar na polêmica regulatória em torno do tema porque prefere esperar um posicionamento da Anatel antes de emitir uma opinião. "Acho que nem vem ao caso dizer ao CADE ou à Anatel o que eles devam fazer antes de uma decisão ser tomada. Pode ser assim no México, mas não aqui", provoca. Para o presidente da Abrafix, existe um movimento empresarial de convergência e consolidação não só no Brasil como em outros países.
Ele ressalta que em nenhum momento a Abrafix tomou qualquer medida para restringir a competição. "Nem quando entramos na Justiça na questão do leilão das faixas do WiMax, pedimos a restrição de nada. Pelo contrário, só pedimos o direito de participar, junto com todos".

Sem monopólio

Ele também rebate as críticas que Francisco Valim faz à atuação das teles fixas. "Coloca-se o mercado de voz como um monopólio, mas é preciso separar as coisas antes de fazer tal afirmação. Há o mercado de longa distância, que é competitivo, e há o mercado de voz nas redes móveis, que hoje têm a maior parte dos acessos e competem diretamente com as fixas. E mesmo no mercado fixo, temos que excluir das contas todos aqueles assinantes que são atendidos pelas operadoras nos mercados em que ninguém mais se interessa, onde só a incumbent é opção, por conta da universalização prevista na regulamentação". Pauletti lembra ainda que há competição intensa em mercados específicos, principalmente no de alto poder aquisitivo e no mercado corporativo. "Dizer que as teles fixas têm 90% do mercado total e usar isso para nos chamar de monopolistas não é adequado. Além disso, o mercado de voz é aberto a quem quiser".
Segundo Pauletti, hoje só existe um grupo econômico que pode atuar em todos os mercados, que é a Telmex. "Não tem problema nenhum eles poderem disputar voz, dados, celular e TV paga. Mas por que só eles?".

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