Primeira direção de Rafael Calomeni, "Horizonte" estreia nos cinemas em 15 de fevereiro 

Filme "Horizonte" (Foto: Divulgação)

Na próxima quinta-feira, dia 15 de fevereiro, estreia nos cinemas o premiado drama "Horizonte", longa-metragem de estreia do ator e diretor Rafael Calomeni com distribuição da A2 Filmes. O filme foi destaque em eventos como o Festival Satyros Bijou (vencedor de Melhor Ator para Raymundo de Souza) e o Festival de Vassouras (vencedor dos prêmios de Melhor Filme, Melhor Direção para Rafael Calomeni, Melhor Atriz para Ana Rosa e Melhor Atriz Coadjuvante para Alexandra Richter), entre outros. Na noite da última quarta, 7, aconteceu no Rio de Janeiro, no Cinemark Village Mall, a première do longa, com a presença do diretor, elenco e convidados. 

Na trama, Rui e Jandira, ambos de 75 anos, se conhecem após se mudarem para uma "vila de idosos". Mesmo com reticência por parte de Jandira, eles começam uma amizade. A solidão os leva a cumplicidades únicas – até que se veem apaixonados. Para eles, tudo isso é novo, pois é a primeira história de amor de suas vidas. No elenco, estão nomes como Suely Franco, Raymundo de Souza, Alexandra Richter, Ana Rosa e Pérola Faria. O roteiro é assinado por Dostoiewski Champangnatte, que também é produtor, ao lado de Lu Klein e Cecília Brito. A produtora é a Filmes do Interior. Assista ao trailer: 

Trailer de "Horizonte"

"O roteiro me foi apresentado em 2017 e, de cara, vi que era um tema pouco abordado. Com isso, fomos mexendo, passamos por cinco tratamentos, até chegar num ponto legal. Dedicamos muito tempo, atenção e amor a esse projeto", afirmou o diretor Rafael Calomeni com exclusividade para TELA VIVA. Em sua primeira experiência como diretor de longa-metragem, ele avaliou: "O maior desafio foi por ser um projeto de baixo custo. Além disso, trazer todo o equipamento necessário, realizar todos os takes já discutidos e pensados na minha cabeça e formar um grande elenco". 

Detalhes de produção  

A primeira parte do filme transmite o clima pacato do interior, com uma certa lentidão no passar do tempo, ao mesmo tempo em que deixa claro o clima de tensão entre a família. Calomeni contou: "Aparecida de Goiânia foi a cidade escolhida para gravar – ela, por si só, já traz o ar do interior. O primeiro cenário, a casa do Rui, trouxe uma paleta escura, para dar esse ar de tempo, de cansaço, de espera. Escurecíamos também o teto, para trazer ainda mais tensão para o ambiente, além da meia iluminação e os figurinos com baixas cores. Com o elenco, tivemos alguns bons dias para fazer um trabalho profundo de intensidade entre os personagens". 

O diretor Rafael Calomeni na pré-estreia no Rio de Janeiro (Foto: Vera Donato)

A trama aborda a amizade e o amor na terceira idade – temas que, até hoje, são tabus na sociedade. "Reconheci isso logo na leitura do roteiro. Acho que a mensagem que o filme deixa é sobre otimismo. O movimento de querer sempre será singular. Não mudamos sem estarmos consentidos com isso. Como a terceira idade vem num período de mais desgastes sociais e na vida, quis abordar que isso não precisa ser uma barreira. Podemos rompê-la, mesmo que seja para o desconhecido. É válido", refletiu o diretor. 

A música tem papel importante na história. O personagem Rui canta diversas canções para Jandira enquanto a paixão deles floresce. A trilha sonora é assinada por Daniel Lopes, e uma das músicas vem de algo pessoal do autor – Dostoiewski Champangnatte – que fez um link real entre suas memórias e os personagens principais. "Buscamos a sonoridade para avançar nos momentos do longa. É crucial que a música agregue, que ela traga junto o clímax no take", pontuou Calomeni. 

Após esse primeiro projeto, o diretor quer continuar atuando atrás das câmeras. "Quero o quanto antes começar a trabalhar em novos filmes. Já sinto uma vontade forte de estar de novo no set. Gosto muito de ficção, e já tenho três projetos para o futuro que abordam as relações sociais e familiares", adiantou. 

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