MTV Miaw volta a ser presencial e terá conteúdos exclusivos para Pluto TV

Neste ano, a MTV volta a realizar o MTV Miaw de forma presencial, após dois anos de hiato por conta da pandemia. Reunindo milhões de votos no site oficial de votação além das interações nas redes sociais – somente na edição passada foram 700 milhões de votos – o MTV Miaw celebra a música e a cultura pop, além de reconhecer e homenagear ícones da geração atual e dar espaço e visibilidade para causas importantes e necessárias. Normalmente, o evento é realizado em meados de julho. 

"Pretendemos fazer o melhor Miaw de todos os tempos. Neste ano, ele volta a ser presencial, e esperamos um público de cerca de cinco mil pessoas. Mas a grande novidade é a integração com Pluto TV, que terá conteúdos exclusivos da premiação", adiantou Denis Onishi, diretor de Ad Sales da Paramount, em entrevista exclusiva para TELA VIVA. "Entendemos o Miaw como um dos maiores eventos da cultura pop do Brasil e, por isso, ele não está mais somente na MTV – segue no canal, mas também vai para o linear do Comedy Central e chega com os conteúdos especiais para o streaming, na Pluto. Ou seja, ele passa a atingir uma audiência que certamente não teríamos se estivéssemos só na Pay TV", completou. 

Onishi explica que a tendência é fazer do Miaw um conteúdo cada vez mais multiplataforma, usando toda a capacidade de distribuição do grupo Paramount. "Estaremos em todas as telas e em diversos lugares ao mesmo tempo. Esse será o grande ganho do evento neste ano. Além da volta do presencial, é claro, ele ganha ainda esse canhão de audiência que é o streaming da Pluto", disse. 

Novas possibilidades para as marcas 

Para o mercado publicitário, o caráter multiplataforma abre ainda mais as possibilidades de ativações. Com alguns patrocinadores já confirmados e outros em fase de negociação, o Miaw já contou, em edições passadas, com participação de marcas como Coca-Cola, Hotéis.com, Instagram, Kit Kat e Nivea, entre outras. "Teremos ativações com exclusividade para Pluto, o que amplia o leque de oportunidades. Além disso, sempre fizemos um trabalho muito próximo e integrado com as marcas, e isso passa a fazer ainda mais sentido quando falamos de streaming. Tem o momento da entrega dos prêmios em si, mas também todo o conteúdo pré e pós-evento. A ideia é que a gente faça um trabalho de integração muito diferente do que fazemos quando temos só o linear. Teremos, por exemplo, conteúdo ao vivo no streaming. As marcas terão um nível de integração muito maior do que já fizemos no passado", garantiu Onishi. 

Rafael Portugal e Pabllo Vittar no MTV Miaw 2021

Consolidação da Pluto TV 

"Não existirá nenhuma propriedade da Paramount que não estará associada à Pluto TV", declarou o executivo. "Trabalhamos com o conceito de streaming first e entertainment everywhere. A partir da nossa ótica de ecossistema e de distribuição, vamos utilizar de todos os recursos que a companhia tem disponíveis para maximizar todas as nossas entregas. Não existe nada hoje dentro da companhia que não considere Pluto como parte estratégica da distribuição. O Miaw é nosso primeiro evento físico que estará no streaming, no linear e no digital, mas todos os próximos projetos, inclusive os tailor made, vão considerar essa lógica", afirmou. 

A Pluto TV é, de fato, a grande aposta do grupo. Seguindo o modelo de negócio AVOD, isto é, que é sustentado por publicidade e se apresenta de forma gratuita ao público, ela segue uma tendência que está crescendo e que, no Brasil, já está bem próxima do SVOD – que até então era tradicionalmente mais forte. Dados de uma recente pesquisa da consultoria BB – Business Bureau revelam que, no país, os três modelos mais consumidos são o SVOD (por 70% dos domicílios com internet), AVOD (64%, ou seja, bem próximo) e TV Everywhere (29%). Já de acordo com um relatório da eMarketer, a receita do AVOD aumentou em 31% em 2020, em escala global. Por fim, segundo análise do IAB nos Estados Unidos, 63% das pessoas não se importam com os anúncios veiculados na programação uma vez que aquele conteúdo seja gratuito ao consumidor. Ou seja, a tendência é real e a Pluto TV segue nesse caminho. 

"As marcas ganham muito tendo a oportunidade de estar nesse ambiente. Mesmo com conteúdos lineares, quem dá o start na programação é o consumidor. Isso é muito positivo, porque o anunciante não depende daquele 'break forçado' para aparecer, não conta apenas com aquele momento que a pessoa se preparou para dar uma pausa, ir ao banheiro ou pegar um lanche, por exemplo. O nível de imersão que a plataforma oferece é maior tanto para quem consome quanto para o anunciante. Quando falamos de Pluto TV dentro do ecossistema da Paramount, estamos falando de uma audiência que hoje é de 68 milhões de usuários globais. É um mundo sem limites. Na TV, você acaba tendo um pool de marcas mais limitado, o que não existe no caso de Pluto. É um modelo que reúne o melhor da TV com a métrica do digital", Onishi defende. Ele justifica: "Um dos grandes problemas das plataformas de streaming pagas e você rodar, rodar e não conseguir escolher nada para assistir. O FAST (free ad-supported streaming television) já tem essa característica diferente. Pelo consumo, a gente vê que as pessoas gostam de assistir linear. Elas escolhem um canal, deixam passando. A cultura da TV é muito enraizada no brasileiro, mais do que em outros países". 

Segundo o executivo, um dos grandes objetivos de Pluto TV é democratizar o entretenimento: "Estamos vivendo um cenário de crise econômica, com a inflação subindo, os custos das assinaturas mensais das plataformas de streaming aumentando… O bolso do consumidor é finito. Acho que vamos viver o mesmo que vivemos com a Pay TV lá atrás: uma hora vamos olhar para todas as plataformas que assinamos e sentir que estamos pagando por coisas que não estamos consumindo. Nesse sentido, o consumidor vai fazer suas escolhas. Mas independente de quantas plataformas decida pagar, sempre terá a Pluto TV como uma opção gratuita". 

Para além das vantagens ao consumidor já comentadas, o modelo apresenta benefícios também para as marcas anunciantes. "Entre as vantagens, destaco o Brand Safety. As marcas que estão dentro da Pluto têm certeza absoluta que estão dentro de um conteúdo curado. Não existe o risco da marca ser associada a algo que possa vir a prejudicar sua reputação. E isso funciona para a audiência também, que sabe que pode, por exemplo, deixar os filhos assistindo à programação porque eles não serão expostos a conteúdos que não sejam adequados", apontou o diretor, que garantiu ainda que as marcas que começam a anunciar com a Pluto não saem mais: "Ainda existe uma falta de conhecimento do mercado em relação ao meio TV conectada. Mas estamos fazendo um trabalho de evangelização e visto resultados, especialmente nessa retenção das marcas com a gente. Todos os meses temos clientes novos dentro da plataforma e com isso o investimento vem aumentando". 

Paramount passa a considerar Pluto TV em todas as estratégias de distribuição do grupo

Próximos passos 

Hoje, a Pluto TV do Brasil possui pouco mais de 70 canais e, até o fim do ano, a expectativa é passar de 100. Trabalhar numa integração cada vez maior das outras marcas do grupo com a plataforma de AVOD também está no centro da estratégia. 

"Em relação ao modelo FAST, teremos muito mais players no mercado nacional do que temos hoje. Existem alguns em países da América Latina que só estão dentro de seus territórios e isso pode ser expandido globalmente falando, por exemplo. Acho ainda que teremos cada vez mais serviços de streaming que hoje são pagos abrindo modelos com publicidade – não serão de graça, como Pluto, que não tem nenhuma possibilidade paga dentro do serviço, pois para isso temos o Paramount+ como uma opção complementar, não são coisas que competem entre si", opinou Onishi.

"Acredito que num futuro próximo teremos mais plataformas, o que só fortalece o meio, a cultura e esse trabalho de evangelização que estamos fazendo com os clientes. Hoje, vejo a Pluto como um grande marketplace de canais – e não é todo mundo que tem tecnologia e investimento para fazer isso. Existem muitos canais e conteúdos segmentados que atualmente estão em lugares pequenos e que, futuramente, podem fazer parte de Pluto. Podermos dar oportunidades para tipos de conteúdo que não teriam espaço em nenhuma outra plataforma aberta. O futuro é promissor", concluiu. 

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